sexta-feira, 15 de abril de 2016

A Família Materna - os Habsburgos.

A Família Materna.

A mãe de Dona Maria II era de puro sangue Habsburgo - Blut Habsburger.


A milenar família do Habsburgos
e o seu
A.E.I.O.U. que corresponde ao latim « Austriae est imperare orbi universo » e em alemão « Alles Erdreich ist Oesterreich untertan ,que significa:" Cabe a Áustria governar o mundo”.


Começaram como Condes, mas posteriormente foram considerados “Pela graça de Deus” e receberam tais Tratamentos:
Somente por Carlos V, que é o mesmo Carlos I, "Sacra Cesárea Católica Real Majestade" só existiu graças à união pessoal dos tronos da Espanha com o do Sacro Império, sendo o primeiro real e o último imperial;
Sua Majestade Apostólica (S.M.A.) foi um tratamento usados pelos Reis da Hungria;
Sua Majestade Imperial e Real Apostólica (S.M.I.&R.A.) foi um tratamento duplo usado pelos Imperadores da Áustria- Hungria;
Sua Majestade Católica (S.M.C.), Su Majestad Católica (S.M.C.), foi um tratamento usado pelos Reis de Espanha;
Sua Majestade Fidelíssima (S.M.F.) ou Fidelíssimo foi um tratamento concedido aos Reis de Portugal e Algarves:
Sua Majestade Imperial e Fidelíssima (S.M.I.&F.) foi um duplo tratamento usado pelos Imperadores do Brasil que também eram Reis de Portugal (Dom João VI e Dom Pedro I & IV) e suas consortes;
Sua Majestade Cristianíssima (SMC), em latim: Rex Christianissimus, em francês: Roi Très-chrétien, foi um tratamento usado pelos soberanos legitimistas da França (reis da dinastia Bourbon);
Sua Alteza Magnífica (S.A.M.) usado pelos príncipes do Sacro Império Romano Germânico, durante o século XV, sendo este tratamento superior ao de Alteza Sereníssima;
Foram usados os tratamentos de:
Sua Alteza Sereníssima (SAS);
Alteza Imperial e Real (S.A.I.&R.);
Alteza Imperial (S.A.I.);
Alteza Real (S.A.R.);
Alteza Grão-ducal (S.A.G.);
Alteza (S.A.);
Alteza Sereníssima Ducal (S.A.S.D.);
Alteza Sereníssima (S.A.S.);
Alteza Ilustríssima (S.A.Ilmª.);
Alteza Magnífica (S.A.M.)
Titularidade:
Margrave no Sacro Império Romano;
Condes de Habsburgo;
Imperadores do Sacro Império Romano Germânico;
Imperadores da Áustria;
Imperadores da Áustria-Hungria;
Imperador, Imperatriz-consorte e Imperadores Titulares do Brasil;
Imperatriz –consorte e Imperador Titular da França:
Duques, Arquiduques da Áustria;
Reis da Alemanha (Germânia), formalmente Rei dos Romanos;
Reis da Boemia;
Reis da Hungria;
Reis de Espanha, de Navarra, de Castela, de Leão, de Aragão, de Valência e de Mallorca;
Reis da Sicília, da Sardenha e de Nápoles;
Reis de Portugal;
Reis da Croácia e da Eslovênia;
Reis do Lombardo-Vêneto;
Rei de Dalmácia;
Reis da Galícia, da Lodoméria e Ilíria;
Rei de Jerusalém;
Rainhas-consorte de França, de Portugal, e outras Nações;
Grão-príncipes da Transilvânia;
Grão -Voivodas da Sérvia;
Príncipes da Suábia;
Príncipes das Astúrias;
Príncipes de Girona;
Príncipes de Trento;
Principes de Brixen;
Grão-Duques de Toscana e Cracóvia,
Duques da Carintia;
Duques da Carniola:
Duques de Estíria;
Duques da Lotaríngia;
Duques de Limburgo;
Duques da Borgonha;
Duques de Brabante;
Duques de Gueldres;
Duques de Milão;
Duques do Luxemburgo;
Duques de Lorena e Salzburgo;
Duques da Alta e da Baixa Silésia,
Duques de Módena;
Duques de Parma e Plasencia e Guastalla;
Duques de Auschwitz;
Duques de Zator e Teschen;
Duques de Friul, Ragusa e Zara;
Duques de Bukovina (Polônia)
Margraves de Burgau;
Margraves de Namur;
Margrave da Eslovênia;
Margrave de Pordenone (Itália);
Marqueses da Morávia;
Marqueses da Alta e da Baixa Lusácia (Servia);
Conde Palatino da Borgonha;
Condes de Barcelona;
Condes de Artois;
Condes de Charolais;
Condes da Flandres;
Condes do Tirol;
Condes da Holanda;
Condes de Hainaut;
Condes de Zelândia:
Condes de Zutphen;
Condes de Gorizia;
Condes de Ferrete;
Condes de Kyburgo;
Conde de Hohenems, de Feldkirch, de Bregenz, de Sonnenberg;
Landgraves da Alsácia;
Senhores de cidades, vilas e terras de Utrecht e Overijssel, de Malinas, de Salins, de Groninga (com Drente) nos Países Baixos, de Trieste (na Itália e sede da Armada Naval Austríaca), de Cattaro ( Kotor no Montenegro) , e de Marca Wendia ( ou Windische Mark, na Eslovênia) ;
Grão-Mestres da Ordem do Tosão de Ouro da Áustria;
Grão-Mestres da Ordem do Tosão de Ouro de Espanha;
Membros da Ordem da Jarreteira da Inglaterra;
Membros da Ordem da Rosa do Império do Brasil;
Membros da Ordem do Cruzeiro do Império do Brasil;
E outras condecorações;
Beatos e Santos da Igreja católica Apostólica Romana:
Como já afirmei, a Casa de Habsburgo tem UM Ramo no Brasil graças ao casamento de Dom Pedro I com a Imperatriz Dona Leopoldina, “A Mãe da Nacionalidade Brasileira”, nascida Arquiduquesa da Áustria, filha do último Imperador Sacro e primeiro Imperador da Áustria.
Mais, vamos ao primeiro dos Habsburgos.

Cronologia:

O primeiro antepassado dos Habsburgo que se tem conhecimento pela Acta Murensia, ou registros na Abadia de Muri, L'abbaye de Muri, Das Kloster Mur, um mosteiro beneditino, é  Theodebert, Rei da Helvetia e Alemannia, que era pai de Guntram der Reiche, ou Guntram, o Rico, um nobre com propriedades na Alsácia, Breisgau, as margens do Rio Aare (um afluente do Alto Reno e o mais longo rio que tanto sobe e termina inteiramente dentro Suíça) e Reuß (hoje Estado Livre da Turíngia, no centro da Alemanha).
Eles eram da Dinastia Etichonids, uma família nobre de origem visigoda, que adentraram pela Região da Alsácia na Alta Idade Média a partir do 7º século ao 10º século.
Guntram der Reiche foi pai de Lanzelin.
Lanzelin casou com Luitgard de Thurgau, filha de Eberhard III, Conde em Thurgau.
Lanzelin por causa do castelo de Altenburg, ou Schlösschen Altenburg, um pequeno castelo que usou parte das muralhas romanas existentes em sua construção, por ele erguido, adotou o Título de Conde de Altenburg.
Altenburg bei Brugg, ou Altenburg perto de Brugg, é um distrito de Brugg, no Cantão Suíço de Aargau.
É, também, conhecido como Graf von Klettgau und Thurgau, ou Conde de Klettgau e Thurgau, e por ter tomado pelas armas o Cantão Suíço de Aargau.
Eles foram pais de:
a-      Werner I, Bispo de Estrasburgo (Não deve ser confundido com Werner I. (1025-1096), Conde de Habsburgo), que lançou a primeira pedra de uma catedral no local atual de Notre-Dame de Strasbourg, que a caminho de Constantinopla, morreu de febre, nas margens do Bósforo;
b-     Radbot, Conde de Klettgau e Thurgau, fundador do Castelo de Habsburg;
c-     Rudolf I, também conhecido como Rudolf von Altenburg,pois ele nunca usou o sobrenome von Habsburg, Landgrave em Klettgau e Thurgau, fundador do Mosteiro Ottmarsheim, Mosteiro de Santa Maria, hoje na Alsácia, França, cuja a igreja foi consagrada pelo Papa Leão IX em 1049. Casou com Gwendolyn (possivelmente a filha de Kuno, ou Conrado I, Duque de Baviera e Senhor de Zutphen;
d-     Lanzelin II, ou Landold II, Vogt von Reichenau, ou Oficial de justiça de Reichenau, que casou com Bertha von Bueren, filha de Friedrich, Conde em Riesgau, Palatino na Suábia, e de Adelheid, filha e herdeira de Walter, Conde em Filsgau, portanto irmã Friedrich von Bueren, considerado o “Pai dos Staufer, ou Hohenstaufen, segundo a ‘consanguinitatis tabula’ de Wibald von Stablo und Corvey, monge e abade beneditino da Abadia Beneditina de Corvey.

Mais, vamos falar de Radbot, Conde de Klettgau e Thurgau, fundador do Castelo de Habsburg.
Radbot se tornou senhor de grandes propriedades na Alsácia, na Suábia e em Aargau.
Radbot mandou construir o castelo de Habichtsburg (castelo dos Falcões), não um grande castelo, mas uma torre simples, apenas com a finalidade de servir de defesa para si e sua família.
Daí que o sobrenome, ou nome da Dinastia, é Habsburg, uma corruptela, ou até mesmo uma derivação, do nome Habichtsburg.
Segundo a Lenda, ele foi duramente criticado por seu irmão, Werner I, Bispo de Estrasburgo, por não ter mandado construir um verdadeiro forte, com várias torres defensivas, dominado por uma torre de vigilância, cercado por um largo fosso e por uma grande e solida muralha, ao que Radbot dizendo que “em uma noite ele transformaria a castelo em um baluarte Inexpugnável”.
No dia seguinte, quando o Bispo foi a janela, viu uma cena no mínimo inusitada.
Em torno do castelo foram colocados muitos vassalos, que ombro a ombro criavam uma solida muralha, e cavaleiros com pesadas armaduras, postados em pontos extremos, que serviam como as torres.
O religioso ficou pasmo.
Radbot casou com Ita de Lorraine, ou de Metz, filha de Adalbert II, ou Adalberto de Metz, Conde em Saargau, da família de Matfriede (uma das mais antigas famílias nobres europeias, datada do século 8) e Judith de Ohningen (Judith da Suábia), que é considera a Matriarca dos Habsburgo - Stammmutter der Habsburger.
O casal fundou o Mosteiro de São Martin de Tours em Muri e começaram a construção da Igreja dessa Abadia em Muri no cantão de Aargau, isso revelado e de acordo com a Acta Murensia.
Do casal nasceram três filhos e uma filha, a saber:
1-     Otto I († 28 de junho de 1046), Conde em Sundgau, sepultado em Estrasburgo;
2-     Albertus I, ou Adalbert I, ou Albrecht I, ou Adelbert I, um Conde de Habsburgo;
3-     Werner I;
4-     Richenza von Habsburg, que casou com Ulrich II, Conde em Lenzburg.

Werner I, casou com Regulinda, Condessa de Baden, da Família de Lenzburg-Baden, de incontestável nobreza, o primeiro Lenzburger listada na genealogia germânica foi o Vogt Ulrich von Schänis, isso antes 972.
Tiveram os seguintes filhos:
1-     Albrecht II, Landvogt zu Muri, procônsul para Muri e morreu sem herdeiros;
2-     Otto II, o primeiro a usar o sobrenome von Habsburg, foi Graf von Habsburg, Conde de Habsburgo, foi Landgrave na Alta Alsácia, Landvogt zu Muri, procônsul para Muri.
Otto II acompanhou o Imperador Henrique V na campanha contra a Hungria e em seu retorno, ele foi assassinado no dia 8 de novembro de 1111.
Era casado com Hilda, Gräfin von Pfir, ou Hilda, Condessa de Pfir, originaria da Borgonha, da Casa Scarponnois, família que deu os Condes de Pfirt (francês de Ferrette), Lützelburg (von Lutzelbourg), Montbéliard (de Montbéliard) e os Condes, mais tarde, Duques de Bar (Bar-le-Duc).
Tiveram os seguintes filhos:
1-     Rudolf (considerado o Primeiro - I) e que morreu sem herdeiros;
2-     Werner II (considerado o terceiro – III) Conde de Habsburgo, Landgrave da Alta Alsácia, e um progenitor direto da Imperial e Real Dinastia de Habsburgo;
3-     Adelheid, que casou com um Conde em Henneberg.

Werner II (considerado o terceiro – III) Conde de Habsburgo, Landgrave da Alta Alsácia, e um progenitor direto da Imperial e Real Dinastia de Habsburgo, que morreu na Itália, e depois da Batalha de Tusculum, vítima de uma praga que grassou em mio ao Exército Imperial.
Casou com Ita von Starkenberg, uma nobre do Tirol, e tiveram:
Albrecht III, der Reiche, ou Alberto III, o Rico;
Otto III, Bispo Otto II de Constança;
Richenza, que casou com seu primo Luís, Conde de Pfir, da Casa Scarponnois;
Gertrud que casou com outro primo, Dietrich III, Conde de Montbéliard, da Casa Scarponnois.

Albrecht III, der Reiche, ou Alberto III, o Rico, foi Conde de Habsburgo, Vogt de Muri e Landgrave em Alsácia.
Casou com Ita von Pfullendorf-Bregenz, filha de Rudolf von Pfullendorf, Conde de Ramsperg , Conde de Pfullendorf , Conde de Bregenz , Conde de Lindau e governador de St. Gallen, cidade de São Galo , na atual Suíça,  onde está a Abadia de São Galo (em alemão Fürstabtei St. Gallen), casado com Elizabeth, soror ducis Welf , o que provavelmente significa uma irmã do Duque Welf VII, da Casa de Welf.
Tiveram dois filhos:
Rudolf II, der Gütige, ou Rudolf II, o Bom;
Ita von Habsburg, que casou com Friedrich, Graf(Conde) von Leiningen.

Rudolf II, der Gütige, ou Rudolf II, o Bom, foi Conde de Habsburgo, Duque de Laufenburg, Zürichgau e Aargau e Landgrave na Alsácia, e é avô de Rudolf I, o primeiro Rei de Habsburgo do Sacro Império Romano.
Casou com Agnes von Staufen, filha de Gottfried von Staufen, dos Senhores de Staufen, Die Herren von Staufen, uma família nobre do sul da Alemanha, que não está relacionada com a família de Staufer/Hohenstaufen.
Tiveram os seguintes filhos:
1-     Werner (IV) morreu sem filhos;
2-     Albrecht IV, der Weise, Graf von Habsburg, ou Alberto IV, O caminho, Conde de Habsburgo, Landgrave da Alta Alsácia, que morreu em 1239, durante a cruzada liderada por Thibaut I de Navarra por causa de uma praga que grassou no Castelo de Ashkelon, ou Ashkalon, era um defensor do Hohenstaufen;
3-     Rudolf III, der Schweigsame, ou Rudolf II, o Silencioso, Conde de Laufenburg, progenitor da Linhagem de Laufenburger;
4-     Gertrude, que casou com o conde Ludwig III de Frohnburg;
5-     Helwiga, que casou com o Conde Hermann III de Frohnburg.

Albrecht IV, der Weise, Graf von Habsburg, ou Alberto IV, O Caminho, também o Sábio, Conde de Habsburg, além de herdar o Titulo recebeu, também, as áreas da Alsácia e Aargau, enquanto seu irmão Rudolf III, Conde de Laufenburg, recebeu os territórios do sul da Alemanha (Breisgau), fundando assim o ramo da Habsburg-Laufenburg, que se extinguiu no início do século XV.
Albrecht IV, der Weise casou com Heilwig de Kyburg, filha do Conde Ulrich III de Kyburg, e de e Anne de Zähringen.
Tiveram 6 filhos:
1-     Rudolf IV, ou Rodolfo I, Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, e ele teria de fazer a viagem a Roma (o Römerzug) a ser oficialmente coroado Imperador Sacro pelo Papa;
2-     Albert V;
3-     Hartmann
4-     Cunigunde, que casou com Otto III;
5-     Elizabeth, que casou com Frederico IV, o Leão, de Hohenzollern;
6-     Clementine.


Cenotáfio, ou Túmulo honorário, na Cadetral de Speyer
de
Rodolfo de Habsburgo, Conde de Habsburgo, Regente do Condado de Kyburg (Regent der Grafschaft Kyburg), Duque de Caríntia e Carniola (Herzog von Kärnten und Krain), Duque de Áustria e Styria (Herzog von Österreich und der Steiermark), Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos (Römisch-deutscher König).

Rodolfo de Habsburgo, Conde de Habsburgo, foi o primeiro Habsburg a adquirir os Ducados de Áustria e Styria, ou Ístria, e os domínios que permanecem sob o controle dos Habsburgos por mais de 600 anos, que formaram o núcleo de Poder da Dinastia, que são hoje os territórios da atual da Áustria.
Sua esposa, Gertrude, filha do Conde Burkhard III de Hohenberg, e de sua esposa, Matilde de Tübingen, que além de herdeira Hohenberg, com a morte de seu tio materno Hartmann IV, Conde de Kyburg, sem filhos, herdou uma belíssima fortuna, composta de propriedades valiosas, Feudos bem-sucedidos como os Bispos de Estrasburgo e Basileia, direitos sobre várias extensões de terra que ele adquiridos de abadias e outros bens.
Tudo somado fez de Rodolfo de Habsburgo o Príncipe mais poderoso no sudoeste da Alemanha (onde o Ducado da Suábia tinha se desintegrado).
Os Príncipes-Eleitores reunidos em Frankfurt, no dia 1 de outubro de 1273, tinham que eleger o novo Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, e os candidatos eram:
1-     O turbulento e ganancioso Ottokar II, Rei da Boêmia e Duque da Áustria por seu casamento dom Margarida da Áustria, o Rei mais poderoso dentro do Império Sacro;
2-      O Príncipe Siegfried I de Anhalt;
3-     O Margrave Frederico I da Meissen;
4-     Rodolfo de Habsburgo, Conde de Habsburgo, com 55 anos, um velho para a época.

Rodolfo ganhou por unanimidade, mas contou com:
a-      Os grandes esforços de seu cunhado, o Frederico III de Hohenzollern, Burgrave de Nuremberg. O Título Burgrave, do Latim burcgravius ou burgicomes se refere a um Conde de um castelo ou de uma cidade fortificada;
b-     O apoio de Alberto II, Príncipe-Eleitor e Duque da Saxônia (Kurfürst und Herzog zu Sachsen, ou Prince-électeur et Duc de Saxe), oficialmente era o Duque da Saxônia (ou Saxe), Angria e Westphalia, coloquialmente era o Duque de Saxe-Wittenberg, da Dinastia de Ascania, Die Askanier, que casou com Agnes de Habsburgo, filha de Rodolfo;
c-     Luís II, Conde Palatino do Reno, ou Príncipe- eleitor Palatino, Duque da Baviera, da Casa de Wittelsbach, que casou com Matilde de Habsburgo, a filha mais velha de Rodolfo.

Como se vê foi um sucesso o uso da celebre política dos “casamentos vantajosos”.
Rodolfo, sob o nome de Rudolf I, foi coroado na Catedral de Aachen em 24 de outubro 1273 como römisch-deutsche König, ou seja, Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, esperando para ser Coroado Imperador Sacro.
Rodolfo sabia que as “démarches” junto ao Papa para ser Coroado Imperador tinha um preço, e como sempre em tudo que se referia ao Papado um alto preço.
 Não deu outra Sua Santidade mandou docemente lhe “comunicar que só reconheceria esse seu filho dileto como Imperador do Sacro Império Romano Germânico SE o Rei eleito em nome do Império renuncia-se por si e seus sucessores os direitos sobre Roma e organiza-se uma nova Cruzada. ”
Naquele momento cheio de problemas no “seu quintal “, Rodolfo não queria encrenca com o Papa, e “renunciou a todos os direitos imperiais em Roma e na Sicília, e prometendo liderar uma nova Cruzada” e o Papa Gregório X, nascido Teobaldo Visconti, que não tinha qualquer ligação com a família homônima dos Senhores de Milão, o reconheceu como e de certo modo lhe entregou o Diadema Imperial, e com tudo acertado entre a Tríplice Coroa e a Coroa Imperial, cada um foi tratar da vida.
Em novembro 1274, foi decidido pela Dieta Imperial em Nuremberg que todas as propriedades do Império que haviam sido doadas, conquistadas, ou vagas, desde a morte de Frederico II, que foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico de 1220 até 1250, da dinastia dos Hohenstaufen, deveriam retornar ao seu proprietário original, o Império Sacro, e que o Rei Ottokar II deve responder à Dieta por não reconhecer o novo Rei.
 Ottokar se recusou a aparecer, pois havia problemas com os seu Ducados da Áustria, Estíria e Caríntia, bem como a Marca da Carniola, que eram, mais não eram, de sua esposa Margarida da Áustria, que tinha o apoio da nobreza austríaca, mas que a Duquesa era sua Sobrinha Gertrude de Babenberger e seu filho. Uma barafunda danada.
Rudolf não aceitou as arengas de Ottokar, declarando que por causa da barafunda os domínios Babenberger deveriam ser entregues ao Império.
Mais, o Rei Ottokar nem deu bola para o fato e foi colocado sob a Proibição Imperial, ou Interdito Imperial, o que fazia dele um fora da lei.
Em junho 1276 o Império declarou a guerra contra Ottokar II, Rei da Boemia, e um dos Príncipes-Eleitores.
Rodolfo cercou Ottokar II no Palácio de Hofburg, sua residência em Viena, enquanto na Boêmia a nobre e poderosa Família Vítkovci liderava uma rebelião contra ele, um proscrito.
Essas situações obrigaram a Ottokar II, o cruel orgulhoso, em novembro 1276, assinar um novo tratado onde desistia de todas as reivindicações para a Áustria e os ducados vizinhos, retendo para si só Boémia e Morávia, e ficou acertado o casamento de Venceslau, filho de Ottokar, com Judith de Habsburgo, filha de Rodolfo, Rei da Alemanha.
Rodolfo, Reia da Alemanha, levantou a Interdição, a Proibição Imperial, ou Interdito Imperial, de Ottokar II e o colocou de volta ao Trono da Boemia e no Margraviato da Moravia.
Era uma paz inquieta.
Mais, Ottokar II era saliente e não deu bola para o tratado, e com aliados novos marchou para o confronto, que se deu em 26 de agosto 1278, na Batalha no Marchfeld (Die Schlacht bei Dürnkrut und Jedenspeigen am 26. August 1278), onde Ottokar foi derrotado e morto.
E o mundo ficou livre de um ambicioso encrenqueiro.
Rodolfo, que não dava ponto sem nó, acusou seus desejos sobre a Áustria e outros Ducados, e domínios, que voltaram, ou passaram para o Império.
Aqui quero dar lima explicação:
Muitos historiadores descrevem que essas posses voltaram ao Domínio Real, pois na realidade era os domínios vassalos do römisch-deutsche König, ou seja, do Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, esperando para ser Coroado Imperador Sacro, mas eu as considero, em uma exegese mui particular, como posses do Sacro Império Romano de Nação Germânica (alemão: Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation, Latim: Imperium Romanum Sacrum Nationis Germanicæ), afinal os Reichstag (termo alemão que significa "Dieta Imperial", uma instituição política do Sacro Império Romano-Germânico), tinha, também, Poder sobre esses territórios, logo eles eram da Instituição Maior, o Império. 
Mais, voltemos...
Rodolfo I, Rei da Alemanha, passou vários anos cultivando as relações com a Nobreza e o Povo desses Domínios, num trabalho de formiguinha estabeleceu sua autoridade ali, mas encontrou certa dificuldade em estabelecer a sua família, os temidos e poderosos Habsburgos, como Senhores desses territórios.
Os Príncipes-Eleitores e demais membros da Nobreza Imperial, resistiam a ideia dos Habsburgos como Duques da Áustria, etc., etc., etc.,  mas as hostilidades foram superadas e em 17 de dezembro de 1282, no Reichstag, reunido na Cidade Imperial de Augsburg, Rodolfo apresentou seus filhos Albrecht e Rodolfo, os elevou a condição de Príncipes Imperais, e comunicou aos presentes que eles em "zur gemeinsamen Hand", tradução livre: “ Em mão comum, ou em uma só mão”, governariam os ducados da Áustria, Styria, Carniola, e a Marca de Eslovênia, ou Die Windische Mark, Slovenska Marka.
Em 27 dezembro os membros do Reichstag concordaram com o Rei Rodolfo, e o Decreto foi lavrado em 21 de dezembro de 1282.
Com isso as bases territoriais dos Habsburgos foram sedimentadas.
Em 1286, o Rei Rodolfo domina o Ducado da Caríntia.
E com isso a Dinastia dos Habsburgo ficou mais poderosa ainda, pois foi a partir daqui que ela dominará o Mundo e governará o primeiro Império onde o Sol nunca se punha.
A Divina Providencia assim determinou e os homens a reconheceram os novos Duques de tão ricos domínios, mas nem todos estavam satisfeitos.
Algumas concessões foram feitas a Nobreza e a coisa se acalmou.
Acontece que a população se revoltou contra os novos Senhores, afinal eles tinham fama de Gaviões – Habicht – ou seja de predadores.
Só que esses predadores vieram para ficar pois ocuparam o Trono da Áustria por 645 anos consecutivos.
Os sucessores de Rodolfo ficaram à mercê de politicagens de bastidores e mais o acordado na “Bula de Ouro de 1356”, mas ai um outro Rodolfo, Rudolf IV, da Casa de Habsburgo, mandou fazer um documento denominado Privilegium maius ("o maior privilégio"), uma versão modificada do Privilegium Minus ("o menor privilégio"), emitido pelo Imperador Frederico I Barbarossa em 17 de setembro de 1156, no qual a Marca da Áustria era elevada a Ducado.
Mais isso é outra Conversa para outra hora.
Todos satisfeitos, e com isso estava aplainado o caminho para os Habsburgo portarem de forma vitalícia o Diadema Imperial do Sacro Império Romano de Nação Germânica (alemão: Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation, Latim: Imperium Romanum Sacrum Nationis Germanicæ), até a Batalha de Austerlitz de 6 de agosto de 1806 em época do Ciclone Napoleônico.
Em Viena, no dia 16 de fevereiro de 1281, a Rainha Gertrude, primeira esposa do Rei Rodolfo morreu, mas deixou uma filharada danada.
Filhos de Rodolfo e Gertrude, filha do Conde Burkhard III de Hohenberg, e de sua esposa, Matilde de Tübingen:
1-     Matilde que casou em 1273, em Aachen, com Luís II, Luís II, Conde Palatino do Reno, ou Príncipe- eleitor Palatino, Duque da Baviera, da Casa de Wittelsbach, e são pais Rudolf I, Duque da Baviera, e Luís IV, Imperador do Sacro Império Romano;
2-     Albert I, ou Albrecht I, Duque de Áustria e Styria, Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, assassinado por seu sobrinho João, o Parricida;
3-     Catherine que casou em 1279, em Viena, com Otto III, Duque da Baviera, mais tarde com Bela V, Rei da Hungria;
4-     Agnes que casou em 1273 com Alberto II, Príncipe-Eleitor e Duque da Saxônia (Kurfürst und Herzog zu Sachsen, ou Prince-électeur et Duc de Saxe), oficialmente era o Duque da Saxônia (ou Saxe), Angria e Westphalia, coloquialmente era o Duque de Saxe-Wittenberg, da Dinastia de Ascania, Die Askanier, e são pais de Rudolf I, Duque de Saxe-Wittenberg, ou seja, eram Senhores do Ducado de Saxe- Wittenberg, ou Herzogtum Sachsen-Wittenberg;
5-     Edwiges que casou em 1270, em Viena, com Otto VI, Margrave de Brandenburg-Salzwedel. Quando ficou viúvo Otto VI renunciou as pompas do mundo e ingressou na Ordem dos Templários, em mais tarde na Ordem de Cister;
6-     Clemencia que casou em 1281, em Viena, com Charles Martel de Anjou, Rei de Nápoles, Duque da Calábria, Rei titular da Hungria, o candidato papal para a Coroa da Hungria, filho mais velho de Carlos II de Anjou e de Maria (em húngaro: Mária nápolyi királyné, en italiano: Maria d'Ungheria). Pais de Carlos I chamado Roberto Carlos, ou Caroberto de Anjou, em húngaro: Károly Róbert, Rei de Hungria e Croácia;
7-     Hartmann, se afogou em Rheinau;
8-     Rudolf II, Duque da Áustria e Styria, Duque da Suábia, pai de João, o Parricida;
9-     Judith que casou em 1285 com o Rei Venceslau II e foram pais de Rei Venceslau III da Boémia, Polónia e Hungria, da Rainha Elizabeth que casou com o ou João, o Cego, Rei da Boêmia, Rei Titular da Polônia, Conde de Luxemburgo, da Casa de Luxemburgo, filho mais velho de Henrique VII, Sacro-Imperador Romano-Germânico e de sua mulher, Margarida de Brabante;
10- Carlos que nasceu e morreu em 1276.

O Rei Rodolfo ficou viúvo por três anos, mas em 5 de fevereiro de 1284, voltou a casar com Isabella von Burgund, auch Elisabeth, ou Isabella de Borgonha, depois de viúva do Rei da Alemanha foi Titulada como La Dame de Vieux-Château, ou a Senhora de Vieux-Château, filha de Hugo IV, Duque da Borgonha, Rei Titular de Tessalonica (1266-1272), e de sua segunda esposa, Beatriz de Champagne, filha de Theobald de Champagne (francês: Thibaut), Conde de Champagne, e como Theobald I, Rei de Navarra (1234 – 1253).
A noiva tinha quatorze anos de idade e o noivo quase sessenta e seis.
Viúva casou com Pierre IX de Chambly, seigneur de Neaufles, com quem teve uma filha, Jeanne de Chambly, Dame de Neauphle-le-Chateau, que casou com Philippe de Vienne, Senhor do Pagny, e viúva, casou com Jean de Vergy, Senhor do Mirebeau ou Mirabeau.
Mais...
Rodolfo morreu em Speyer no dia 15 de julho de 1291 e foi sepultado na Catedral da Cidade.
Apesar de ter uma família grande, ele sobreviveu a seus filhos, só Albert I, mais tarde Rei da Alemanha, viveu mais do que o pai, pois morreu assassinado por seu sobrinho em 1 de maio de 1308. A maioria de suas filhas também sobreviveram a ele, exceto Catherine, que morreu em 1282, e Edwiges, em 1285.
Reinado de Rodolfo é lembrado principalmente pelo fortalecimento da Casa de Habsburgo como uma poderosa Dinastia no âmbito do Sacro Império Romano germânico, já que ao longo dos séculos os Príncipes- eleitores, e a Nobreza Germânica, estavam mais preocupados com seus próprios interesses em detrimento dos interesses do Império.

Imperadores Sacros:
1- O primeiro Imperador da Casa de Habsburg, o penúltimo a ser coroado pelo Papa, e o último a ser coroado em Roma foi Frederico III - Friedrich III, Kaiser des Heiligen Römischen Reiches
* Europa, Áustria, Innsbruck, 21.09.1415
† Linz, Áustria, 19.08.1493
Filho de:
Pai: Ernesto I, Duque de Áustria - Ernst I., Herzog von Österreich und von Steiermark, cognominado Ernst der Eiserne, ou Ernesto, o de Ferro. 
Mãe: Cimburga de Masóvia - Cimburgis von Masowien, filha de Ziemowit IV. Masowski, Príncipe Plocki, Gostynski i Kujawski, e de Aleksandra da Lithuania.
Casou em 15.03.1452 com Dona Leonor, Infanta de Portugal natural de Torres Vedras, filha de Dom Duarte I, o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu, e de Doña Leonor, Infanta de Aragón, filha do rei Fernando I de Aragão com Leonor Urraca de Castela, condessa de Albuquerque, por  via da mãe, era neta de Beatriz de Portugal, e por conseguinte bisneta do rei Pedro I de Portugal com Inês de Castro.
Foram pais de:
1-     Christoph, Arquiduque de Áustria - Christoph, Erzherzog von Österreich, * Winer Neustadt, 16.11.1455 - † Wiener Neustadt, 21.03.1456
2-     Maximiliano I de Áustria, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, ver abaixo;
3-     Helene, Arquiduquesa de Áustria - Helene, Erzherzogin von Österreich,
* 03.11.1460 -  † 28.02.1461
4-     Cunegunda, Arquiduquesa de Áustria, pelo casamento Duquesa da Baviera - Munique e desde 1503 sobre toda Bavaria. - Kunigunde, Erzherzogin von Österreich, * 16.03.1465 - † Munique, Munique, 06.08.1520.
Em 1487 contra a vontade de seu próprio pai casou com Albrecht IV. der Weise, ou Albert IV, o Sábio - Albrecht IV., Herzog von Bayern
* Munique, Munique, 15.12.1447 - † Munique, Munique, 18.03.1508.
Foi o último Duque de Baviera em Munique e, a partir 1503, o primeiro Duque de toda a Baviera.
5-     Johann, Arquiduque de Áustria- Johann, Erzherzog von Österreich, * 09.08.1466 - † 10.02.1467.

“Foi Frederico III que criou a Divisa famosa dos Habsburgos o A.E.I.O.U. que corresponde ao latim « Austriae est imperare orbi universo » e em alemão « Alles Erdreich ist Oesterreich untertan ,que significa:" Cabe a Áustria governar o mundo”.
 Frederico III tinha a noção exata da importância de ele ter conquistado o Título Imperial, de ter em 17 de fevereiro de 1448 assinado a Concordata de Viena- Das Wiener Konkordat- com a Santa Sé durante o Papado de Nicolau V, nascido Tommaso Parentucelli, cujos termos valeram até 1806, quando novas bases de relação com a Cúria foram acertadas, de ter implementado a política dos Casamentos Vantajosos , pois, casou seu filho Maximiliano com a mais rica herdeira europeia daqueles tempos, Maria, Duquesa de Borgonha, filha de Carlos o Temerário, Duque de Borgonha, e de Isabel de Bourbon, que trouxe imensa riqueza para a Casa de Habsburgo.
Frederico III morreu em 1493, aos 77 anos, em Linz.
Teve gangrena no pé esquerdo, e sua perna foi amputada.
“Sua sepultura, construída por Nikolaus Gerhaert von Leyden, em St. Catedral de Estêvão, em Viena, é uma das obras mais importantes da arte escultórica do final da Idade Média. (Sua perna amputada foi enterrada com ele) ”.
Assim:
“ Frederico III foi o monarca alemão mais longo reinado, quando, em 1493, depois de governar seus domínios por mais de 53 anos, ele foi sucedido por seu filho Maximilian I”.
Maximiliano I de Áustria, cognominado “O último cavaleiro”, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
Maximilian I. von Habsburg, genannt der letzte Ritter, Kaiser des Heiligen Römischen Reiches
Nasceu em Wiener Neustadt, localizada ao sul de Viena, no estado da Baixa Áustria, em 22.03.1459.
Faleceu em Wels, cidade localizada no estado de Alta Áustria, em 12.01.1519.
Arquiduque da Áustria, Duque de Styria, de Caríntia e Carniola, Margrave de Istria, senhor de Trieste, de 19 de agosto de 1493 - 12 de janeiro de 1519, portanto por 25 anos de 4 meses e 24 dias.
Margrave de Burgau, Landgrave em Alsace, Conde do Tirol e de Ferrette (1490-1519), Conde de Gorizia (1500-1519)
Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos - Rex Romanorum -  de 16 de fevereiro de 1486 - 12 de janeiro de 1519, portanto por 32 anos 10 meses e 27 dias, tendo sido Coroado em Aachen, a capital de Carlos Magno, em 9 de abril de 1486.
Autoproclamou-se com autorização do Papa Julio II, nascido Giuliano della Rovere, um dos maiores Pontífices da Igreja de Roma, só perde para SS Pio XII, Erwählter Römischer Kaiser, ou seja, “Imperador Romano Eleito", em 04 de fevereiro de 1508 - 12 de janeiro de 1519, portanto por 10 anos 11 meses e 8 dias.
Por seu casamento com Maria da Borgonha foi Duque da Borgonha de 05 de janeiro de 1477 - 27 de março de 1482, portanto por 5 anos 2 meses e 22 dias.
Abaixo a Titularidade oficial de Maximiliano I:
Maximilian I, pela graça de Deus eleito Imperador do Sacro Império Romano , para sempre Rei da Alemanha, da Hungria, Dalmácia, Croácia, etc. Arquiduque da Áustria, Duque de Borgonha, de Brabant, de Lorraine, da Styria, da Caríntia, da Carniola, de Limburgo, do Luxemburgo , do Gelderland, Landgrave da Alsácia, Príncipe da Suábia, Conde Palatino da Borgonha, Conde principesco de Habsburgo, de Hainaut, de Flandres, do Tyrol, da  Gorizia, d’Artois, da Holanda, da Zelândia, de Ferrette, de Kyburg, de Namur, de Zutphen, Margrave do Sacro Império Romano, de Enns, de Burgau, Senhor da Frísia, Margrave de Wendish, de Pordenone, de Salins, Mechelen, etc. etc.
Membro da Ordem da Jarreteira, nomeado por Henrique VII, Rei de Inglaterra, da Casa Tudor, em 1489, com Garter stall plate na St George's Chapel, Windsor Castle, e que pode ser vista até hoje.
A Ordem do Tosão de Ouro é uma Ordem de Cavalaria criada em Bruges a 10.1.1429 por Filipe III, o Bom, Duque da Borgonha, Duque de Brabante, Duque de Limburgo, Duque de Luxemburgo, Conde da Flandres, Conde da Holanda, Conde d’Artois, Conde de Bolonha, Conde de Charolais, Conde de Hainaut, Conde de Namur, para celebrar o seu casamento com Dona Isabel, Infanta de Portugal, filha de Dom João I, o décimo Rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis, cognominado O de Boa Memória pelo legado que deixou.
Em francês: Ordre de la Toison d'Or;
Espanhol: Orden del Toisón de Oro;
Neerlandês: Orde van het Gulden Vlies;
Alemão: Orden vom Goldenen Vlies.

Filipe III, o Bom, e Isabel de Portugal, são os pais de Carlos o Temerário, Duque de Borgonha, e outros Títulos.
Carlos, o Temerário, Duque de Borgonha, e outros Títulos, casou em Lille, França, no dia 30.10.1454, com Isabel de Bourbon, Condessa de Charolais, filha de Carlos I, Duque de Bourbon e Agnes da Borgonha, e uma Princesa de Sangue Real, pois é descente de São Luis, Rei de França, por Robert de Clermont.
Carlos, o Temerário, e Isabel de Bourbon, são os pais de Maria da Borgonha, cognominada a Rica, Duquesa Titular da Borgonha, de Brabante, de Lothier, de Gelderland, de Limburgo, de Luxemburgo, Condessa de Flandres, d’Artois, da Borgonha, do Franche-Comte, do Hainaut, da Holanda, da Zelândia, de Namur, de Charolês e de Zutphen, Margravina do Sacro Império, senhora de Friesland, Mechelen e Salins, etc, que casou em Gand, hoje município belga e capital da província da Flandres Oriental, no dia 20.08.1477 com  Maximiliano de Habsburgo.
Por falta de descendência varonil de Carlos o Temerário, a soberania da Ordem passou à casa de Habsburgo pelo casamento de sua filha Maria de Borgonha com o Arquiduque Maximiliano, depois Imperador da Alemanha.
Assim Maximiliano passou a ser O Grão-mestre da Ordem do Tosão de Ouro. Como vemos Maximiliano de Habsburgo se tornou um Homem Poderoso na Europa do final da Idade Média e comecinho da Era Moderna.
Maximiliano casou ter vezes.
Viúva de Maria da Borgonha em 27 de março de 1482 casou em 17.12.1490  com Ana, Duquesa da Bretanha, mas se divorciarem em 15.11.1491. Anne, Duchesse de Bretagne, veio a ser Rainha consorte de França por duas vezes, ou seja, por seu casamento com em 06.12.1491 com Carlos VIII, Rei de França, e depois em 08.01.1499 com Luis XII, Rei de França. Ana e Luis XII são os pais de Cláudia de Valois, Duquesa da Bretanha, que casou com Francisco I, Rei de França. Do casamento com Maximiliano não houve descendência deste casamento.
Em 16.03.1494 estando divorciado Maximiliano casou com Bianca Maria Sforza, filha de Galeazzo Maria Sforza, Duque de Milão, e de Bona de Savoia. Na ocasião Bianca Maria era Duquesa viúva de Savoia, por seu casamento com Felisberto I, detto il Cacciatore, Duca di Savoia, Principe di Piemonte e Conte d'Aosta, Moriana e Nizza, falecido em 22 de setembro de 1482. Do casamento com Maximiliano não houve descendência deste casamento.
Filhos do casamento de Maximiliano com Maria da Borgonha, cognominada a Rica, Duquesa Titular da Borgonha:
1-     Felipe, llamado «el Hermoso», ou Filipe o Belo, Arquiduque de Áustria, Rei de Espanha, por seu casamento com  Joana I, a Louca, Rainha de Espanha
a-      João de Aragão, Príncipe das Asturias - Juan de Aragón y Castilla, Príncipe de Asturias, Infante de España.
* Andaluzia, Sevilha, 30.06.1478
† 04.10.1497.
Filho e Herdeiro de Fernando II o Católico, rei de Aragão, e de 
Isabel I a Católica, Rainha de Castela, Os Reis Catolicos.
A sua morte prematura colocou sua irmã mais velha, Isabel, como herdeira do trono espanhol. Já então estava casada com o Rei D. Manuel de Portugal, de que resultaria a eventual união das duas coroas peninsulares.
Isabel de Aragón y Castilla, Princesa de Asturias, Infanta de España
* Palencia, Dueñas, 02.10.1470
† Zaragoza, 24.08.1498.
Casou duas vezes com Príncipes Portugueses, a saber:
Estremoz, 23.11.1490 com D. Afonso, príncipe herdeiro de Portugal, filho primogénito de D. João II;
Valencia de Alcántara, 10.1497 com D. Manuel I, Rei de Portugal.
Com a morte da Rainha Izabel de Dom Manuel, a herdeira do trono passou a ser Joana I, a Louca, que foi Rainha de Espanha.
b-     Margarethe, Arquiduquesa de Áustria, casou com Filiberto II, Duque de Savoia, em 2 de dezembro de 1501.
Margarida de Áustria viúva de Filiberto II em 10 de setembro de 1504, foi nomeada Governadora dos Países Baixos de 1507 a 1530.
3-     Franz, Arquiduque de Áustria, viveu dois meses e meio.

Em 1501, Maximiliano I caiu de seu cavalo ficando gravemente ferido. As sequelas foram grandes e as terríveis dores nas pernas acabou dando origem a uma fortíssima depressão – se tornou excepcionalmente humilde e carregado de culpa -que lhe acompanhou pelo resto da vida, além do mais estava com câncer no colón.
Veio a falecer durante a “ árdua viagem de Innsbruck para participar do Parlamento Regional de Linz” no Castelo de Wels ( Die kaiserliche Burg Wels), obviamente localizado em Wels, hoje  uma cidade e município da Áustria, no estado de Alta Áustria, em 12 de janeiro de 1519, com 59 anos.
A prova desta depressão são os preparativos que fez para seu sepultamento, pra lá de mórbido.
Excepcionalmente humilde e carregado de culpa senso, ordenou que não fosse embalsamado, que seu corpo fosse açoitado, que seu cabelo fosse raspado, e os dentes arrancados.
Que não o vestisse com roupas luxuosas, mas sim com o hábito da ordem do St. George *.
Que o corpo fosse misturado com cal e cinzas e colocado um saco que consistia em linho, damasco e seda branca.
·        St. Georgs-Orden, ou Ordo militaris Sancti Georgii, uma ordem militar fundada pelo Imperador Frederico III e aprovado pelo Papa Paulo II, 01 de janeiro de 1469, a pedido do seu fundador, tendo em vista exaltar a fé cristã, seguindo o modelo da ordem Teutônica. Sua meta implícita era para lutar contra os turcos. A sua sede foi estabelecida no antigo mosteiro beneditino de St. Salvator Millstatt na Caríntia.
Desde o início, ele estava intimamente ligado aos Habsburgos, que lhe garantiu um apoio económico e político.
Terrível, pois não?

Maximiliano I levou a política de "casamentos vantajosos" ao extremo chegando a criar a expressão latina:
Tu felix Austria nube
T.L.:
Tu, feliz Áustria, casasse
A frase completa era:

Bella gerant aliī, tū fēlix Austria nūbe/ Nam quae Mars aliīs, dat tibi regna Venus
T.L.: 

"Deixe que os outros fazer a guerra, mas tu, feliz Áustria, casasse para os reinos que Marte dá aos outros, Vênus dá a ti”.

Através de guerras e casamentos estendeu a influência dos Habsburgos em todas as direções: para a Holanda, Espanha, Bohemia, Hungria, Polónia e Itália. Esta influência iria durar séculos e forma grande parte da história europeia.

Fez um casamento duplo com a Casa de Aragão- Trastámara – fusão da La Casa Real de Aragón com La Casa de Trastámara – Dinastia dos Reis Católicos de Espanha, Fernando II de Aragón, llamado «el Católico», e de Isabel I de Castilla, llamada «la Católica», a saber:
a-      Casou sua filha Margarete von Österreich, Margarita de Austria, com Juan de Aragón, “ heredero de las coronas de Aragón y Castilla; por tanto, Príncipe de Asturias y Gerona, Duque de Montblanch, Conde de Cervera y Señor de Balaguer”, que faleceu jovem. Nasceu em Sevilha no dia 30 de junho de 1478, e faleceu em Salamanca 4 de outubro de 1497. O casamento foi realizado na Catedral de Santa María de Burgos, hoje m município da Espanha na província de Burgos, comunidade autónoma de Castela e Leão, em   05.04.1497;
b-     Casou seu filho Philipp I. von Habsburg, genannt der Schöne, ou Felipe I de Castilla, llamado «el Hermoso», Arquiduque da Austria, soberano de la Orden del Toisón de Oro a los seis años, Conde de Flandres, d’Artois, de Hainaut e Holanda da Zelândia, Margrave de Namur, Duque de Brabante, de Limburgo e do Luxemburgo, Duque e Conde de Borgonha, com Juana I de Castilla, llamada «la Loca», Reina de Castilla, de León, de Granada, de Toledo, de Galicia, de Sevilla, de Córdoba, de Murcia, de Jaén, de los Algarves, de Algeciras, de Gibraltar, de las Islas Canarias, de las Indias (desde 1505), de las Islas y Tierra Firme del Mar Océano (desde 1505) y Señora de Vizcaya y de Molina. O casamento foi realizado na Igreja de St. Gummaruskerk, em Lier, hoje uma cidade da Bélgica, província de Antuérpia, região da Flandres, em 12.11.1496

Pela vida de Maximiliano I ficava claro que ele desejava seu filho Philipp I von Habsburg, ou Felipe, llamado «el Hermoso», como o novo Kaiser des Heiligen Römischen Reiches, mas é a velha coisa: O homem põe, Deus dispõe.
Filips , bijgenaamd de Schone, em holandês, e em francês  Philippe le Beau, nasceu em Bruges, ou Brugge, uma a cidade Belga, hoje capital da província de Flandres Ocidental, na região de Flandres, 22 de junho de 1478.
Quando sua mãe, Maria da Borgonha, cognominada a Rica, Duquesa Titular da Borgonha, e outros Títulos & feudos, morreu ele tinha 4 anos, e seu pai, Maximiliano I, passou a ser o Regente dos domínios por ele herdado.  
Mais, o Principe passou a ser criado por Margaret of York, Margarida de York, a terceira esposa de seu avô materno Carlos, o Temerário, em Mechelen, ou Malines, hoje uma cidade e um município da Bélgica localizado na província de Antuérpia, região da Flandres.
Foi criado como um nobre holandês.
Ciente de suas responsabilidades ao ser declarado maior assumiu as rédeas dos negócios de seus domínios, de seus feudos.
Não seguiu a política anti-francesa de seu pai, o Imperador, mas sim adotou uma política de neutralidade.
Em defesa dos interesses de seus domínios:
a-      Com a Inglaterra fechou um acordo comercial para o setor têxtil em 1496;
b-     Com França prestou vassalagem ao Rei Charles VIII, pois era Conde d’Artois e Flandres, mas abriu mão em 1498, pelo Tratado de Paris, da Borgonha.

Felipe, llamado «el Hermoso», foi o último monarca da Casa de Borgonha que governou pessoalmente Holanda.
De Mechelen ele estendeu a política de centralização de seus antecessores, incluindo o Grande Conselho que transformou no De Grote Raad der Nederlanden te Mechelen - O Grande Conselho dos Países Baixos em Mechelen, porem de fato nunca o convocou.
O casamento de Felipe, llamado «el Hermoso», com Juana, Infanta de Castilla y Aragón, foi um evento espetacular.
A noiva se deslocou de Laredo, na Cantabria, o principal porto dos Reis Católicos em Castela, para Middelburg, na Zelândia, em 130 navios de diversos tipos - a maior frota em uma missão de paz, até então, montado em Castela-  acompanhada por 20.000 pessoas.
Durante a viagem de dois meses, por causa das tempestades, foram perdidos alguns navios, alguns outros encalharam e suas cargas abandonadas.
A comunicação entre os noivos era difícil, pois um não falava a língua do outro, porem Juana se tomou de amores por seu belo marido, Felipe.
Contudo, Felipe logo perdeu o interesse sexual pela mulher, o que despertou “ ciúmes que foram considerados patológicos por vários autores”.
Mais, o casal teve seis filhos:
1-     Leonor de Habsburgo, Arquiduquesa da Austria, Infanta de España, nasceu em Louvain, perto de Bruxelas em 15 de novembro de 1498, e faleceu em Talavera la Real, Badajoz, em 25 de fevereiro de 1558, com 59 anos.
a-      Rainha consorte de Portugal, pois casou em Portalegre, Crato, no dia 24.11.1518, com Dom Manuel I, o Venturoso, 14.º Rei de Portugal, que já tinha enviuvado por duas vezes;
b-     Rainha consorte da França, pois casou em Capsieux, no dia 05.08.1530, com Francisco I, Rei de França, viúvo de Claudia de França.
2-     Carlos de Gante, futuro Carlos I & V, Imperador do Sacro Império Romano e Rei da Espanha;
3-     Isabel de Habsburgo, Arquiduquesa da Austria, Infanta de España, Elisabeth af Habsburg, Rainha consorte da Dinamarca, da Noruega, e da Suécia, nasceu Bruxelas em 18 de julho de 150, e faleceu em Zwijnaarde, hoje município de Gante, Bélgica, no dia 19 de janeiro de 1526, com 24 anos.
Casou em Copenhagen no dia 12.08.1515 com Cristiano II, Rei da Dinamarca, da Noruega, da Suécia, sob a União de Kalmar;
4-     Fernando I, Imperador do Sacro Império Romano;
5-     Maria de Habsburgo, Arquiduquesa da Austria, Infanta de Espanha, também conhecida como Maria da Hungria/ Magyarországi Mária, nasceu em Bruxelas em 15 de setembro de 1505, e faleceu em Cigales, hoje provincia de Valladolid, la comunidad autónoma de Castilla y León, 18 de outubro de 1558
Rainha consorte de Hungria e Boémia por seu casamento com Luis II de Jagellon, Rei da Hungria e Boémia, no no dia 22 de julho de 1515 na Catedral de Santo Estêvão (alemão: Sankt Stephan/Stephansdom), em Viena Não houve descendência deste casamento.
Luis II morreu, com 20 anos de idade, na Batalha de Mohács do dia 29 de agosto de 1526, na guerra contra Suleiman, o Magnífico, deveria ser santificado por tal.  
Governadora dos Países Baixos para seu irmão, Carlos I&V de janeiro 1530 até outubro de 1555.
6-     Catharina de Habsburgo, uma filha póstuma, Arquiduquesa da Austria, Infanta de Espanha, nasceu em Torquemada, na hoje na província de Palência, la comunidad autónoma de Castilla y León, em 14 de janeiro de 1507, e faleceu em Lisboa, 12 de fevereiro de 1578.
Depois da morte do pai, em 1506, encarcerada com sua mãe em Tordesilhas, sofrendo como ela – Juana- privações e maus-tratos em as mãos dos Marqueses de Denia, guardiões da rainha. Carlos I&V “ como uma espécie de compensação para a sua infância infeliz, decidiu casa-la com o soberano do trono mais rico da Europa, o de Portugal”.
Na cidade de Salamanca, a 2 de fevereiro de 1525, ele se casou com seu primo, o rei João III de Portugal.
Foi Rainha consorte de Portugal de 10 de fevereiro de 1525 até 11 de junho de 1557, dia da morte de El Rey, portanto por 32 anos 4 meses e 1 dia.
Como avó do rei D. Sebastião, durante a menoridade do neto, exerceu a regência do Reino de Portugal e domínios de11 de junho de 1557 até 23 de dezembro de 1562, portanto por 5 anos 6 meses e 12 dias.

Juana logo começou a demostrar ser desequilibrada, tornando público, para assombro da sua Corte, o “ceticismo religioso e pouca devoção ao culto e ritos cristãos” que desde 1495 assombrara sua mãe, Doña Isabel, acamada de a Católica, não escondia sua ojeriza a padres e frades, e mais tantã ainda contam que ela teve Carlos de Gante, o futuro Carlos I& V, no local das retretes, o banheiro, do Palácio de Gante, pois se recusava de ali sair.
Com a morte de seu irmão Juan de Aragón, “ heredero de las coronas de Aragón y Castilla; por tanto, Príncipe de Asturias y Gerona, Duque de Montblanch, Conde de Cervera y Señor de Balaguer, com a morte de sua irmã Isabel de Aragão e Castela, Rainha de Portugal por seu casamento com Dom Manuel I, o Venturoso, e com a morte do filho desta, Dom Miguel da Paz, Príncipe de Portugal e das Astúrias, de apenas 2 anos, a Princesa Duquesa Juana se tornou herdeira das Coroas de Castela e de Aragão.
Felipe e Juana partiram por terra em direção a Espanha, e depois de 6 meses chegaram a Toledo, onde prestam juramento ante a Cortes Castelhanas reunidas na Catedral de Toledo, em 22 de maio de 1502.
Juana está gravida mais uma vez.
Em 1503, Felipe voltou para Flandres para resolver alguns problemas, enquanto Juana foi em Espanha, a pedido de seus pais para atender seus futuros súditos e porque ele estava em gestação completa.
Juana mergulhou em uma profunda tristeza.
Em 10 de março, 1503, na cidade de Alcalá de Henares, deu à luz a um filho, que foi chamado Fernando em homenagem ao seu avô materno, Fernando II de Aragón, llamado «el Católico», aliás o recém-nascido será “ el querido nieto del abuelo”, que o criou e que o desejava como Rei de Castela e Aragão, como Rei de Espanha, e não seu irmão Carlos, “un extranjero, nacido en Gante”.
Fernando Infante de Espanha e Arquiduque da Áustria será no futuro Sacro Imperador Romano e Rei da Hungria e Boemia.
Depois do nascimento de Fernando, Doña Juana queria voltar para Flandres, mas Isabel, a Católica, não permitiu, alegando que ela precisava conhecer seus súditos.  
Juana transloucada foi encarcerada por ordem da mãe no Castillo de La Mota, um castelo em Medina del Campo, Valladolid, sob a tutela de Juan Rodríguez de Fonseca, Arcebispo de Rossano, Bispo de Burgos, do conselho dos Reis Católicos e primeiro organizador da política colonial espanhol na Índia.
Juana tanto fez que a mãe permitiu a inda dela para Flandres, e segundo alguns historiadores, especialmente Gustav Bergenroth, a deserdou do Trono de Castela.
Com a morte de Isabel, a Católica, Fernando assume Castela como “ rey administrador y gobernador de los reinos”.
Felipe, llamado «el Hermoso», estrebucha nos Países Baixos, pois queria ver sua mulher, e por via de consequência ele mesmo, no Trono de Castela e com direitos sobre outros negócios que eram da Rainha falecida.
Surgiu então a Concordia de Salamanca, assinada em 24 de novembro de 1505, por Fernando II de Aragão e Filiberto, senhor de Vere, plenipotenciário de Felipe de Habsburgo e Juana de Castilla, que reconhecia nos dois últimos a condição de Reis de Castela e outros negócios, dividiam as rendas dos domínios, e os maestrazgos (Grão-mestrados) das Ordens Militares ficaram para o priemiro, isso é, para Fernando II de Aragão, o Rei-viuvo.
Como Juana já estava tantãzinha ficou estipulado que em seu impedimento os negócios seriam tratados por Felipe, llamado «el Hermoso», e na falta deste por Fernando II de Aragão  
Com as relações estremecidas entre Fernando II de Aragão e Felipe, llamado «el Hermoso», os Reis de Catela embarcaram para a Espanha.
 Felipe, llamado «el Hermoso», não nada estava satisfeito com o resultado da Concordância de Salamanca e queria virar a mesa.  
Saíram de Flandres no inverno, 10 de janeiro de 1506, e desembarcaram em La Coruña em 26 de abril de 1506.
Parte da nobreza castelhana pediram ao Rei Fernando que não permitisse a entrada de Felipe, llamado «el Hermoso», no reino, outra parte apoiou o manifesto por ele lançado contra a Concordia de Salamanca.
Bom, os dois contendores se encontraram em Remesal, uma localidade hoje no noroeste da província de Zamora, comunidade autónoma de Castilla y Leon (Espanha), e depois de longas conversas acabaram assinando a Concordia de Villafáfila, assinada em 27 de junho de 1506 na cidade de Villafáfila por FernandoII de Aragão, e no dia seguinte em Benavente por Felipe, llamado «el Hermoso».
Foi estipulado que devido a incapacidade da Rainha Juana a reinar por causa de sua insanidade, Felipe, llamado «el Hermoso», seria o único Rei de Castela e Leão.
Que Fernando II se retiraria para o seu reino de Aragão.
“A validade do acordo foi breve, após a morte de Felipe, llamado «el Hermoso», em 25 de setembro de 1506, no Palacio de los Condestables de Castilla”.
Segundo alguns envenenado, segundo outros em consequência de um ataque de fúria de Juana, a Loca, que estava prenhe de sua última filha, Catarina, citada acima.
Aqui começa um dos acontecimentos mais macabros da História da Humanidade, da história mundial.
Juana, a Loca, resolveu desenterrar seu marido, sepultado em Burgos, e levar o féretro para Granada, local escolhido pelo morto para ser sepultado, mas com um detalhe: seu coração tinha que ir para Bruxelas, o que foi feito.
Durante oito meses, em um tremendo frio, sempre a noite, seguiu o cortejo com um grande número de pessoas- religiosos e religiosas, nobres e seus acompanhantes, soldados e vários criados.
Juana, a Loca, mandava parar, abria o caixão, e demostrava todo o seu grande amor pelo morto, em uma manifestação altamente constrangedora para os presentes.  
No meio do caminho nasceu Catarina, em Torquemada.
Diante da tal loucura foi formado um Conselho de Regência.
Presidente: Francisco Jiménez Cardeal de Cisneros, Arcebispo de Toledo terceiro Inquisidor Geral de Castela, Cardeal-presbítero de Santa Balbina.
Membros:
1-     Fadrique Enríquez de Velasco, IV Almirante de Castilla, IV Señor de Medina de Rioseco, e III Conde de Melgar;
2-     Bernardino Fernández de Velasco y Mendoza, El Gran Condestable, I Duque de Frías, III Conde de Haro, VII Condestable de Castilla, Vice-rei e comandante-em-chefe do Reino de Granada;
3-     Pedro Manrique de Lara y Sandoval, el Fuerte, primeiro Duque de Najera, segundo Conde de Trevino e décimo senhor de Amusco;
4-     Diego Hurtado de Mendoza de la Vega y Luna, «El Grande», III duque del Infantado;
5-     Andrés del Burgo, o embaixador do Imperador Maximiliano I;
6-     Filiberto de Vere, Grande-camareiro do Rei Felipe, llamado «el Hermoso».
O Cardeal de Cisneros anteviu grandes problemas já que parte da nobreza castelhana queria Maximiliano I como Regente de Castela, outros queria e queriam a Regência nas mãos de Fernando, o Católico, como foi estabelecido no testamento de Isabel, a Católica, nas Cortes de Toro de 1505.
E sabe como é espanhol de sangue quente, sobe logo par cabeça, e a coisa ia ficar feia.
Mais, a Rainha Juana num rasgo de sanidade voltou a governar, começando por revogar os atos realizados por seu finado marido, e chamado de volta os membros do Conselho de sua finada mãe. 
A coisa tava quente
O Cardeal de Cisneros não teve dúvida, e sem a Juana saber apelou para seu velho amigo Fernando que estava em seu reino de Aragão, que era o pai da Rainha Louca, e avô do herdeiro, Carlos de Gante, de apenas cinco anos de idade.
E pelo sim, ou pelo não, “Fernando, depois de voltar do Reino de Nápoles, em 28 de agosto 1507, e reassumiu o governo de Castela como Regente de sua filha Juana, uma vez que o primeiro filho dela e de Felipe, o futuro Carlos I& V tinha apenas cinco anos de idade”.
Juana piorava dia a dia, e Fernando a encerrou em Tordesilhas, junto com a filha Catarina, mas essa é uma outra história.
Havia, também, uma causa política, pois “ Henrique VII, Rei de Inglaterra manifestaram interesse em se casar com Juana”.
Para clamar as coisas Fernando teve que salvar diplomaticamente o tema, elevando seu neto Carlos de Gante condição de Príncipe de Astúrias, com isso o menino era reconhecido oficialmente como Herdeiro e Sucessor dos Reis em Espanha.  
Como parte da diplomacia casaram Catarina de Aragão, filha de Fernando e Isabel, os Reis Católicos, com Arthur, Príncipe de Gales, primogênito de e Henrique VII, Rei de Inglaterra, que mais tarde, viúva, casou com Henrique VIII, seu cunhado, casamento que criou aquela quizumba toda na Inglaterra.
Com o front inglês apaziguado, Fernando partiu para o front austríaco.
O Imperador Maximiliano I, que ameaçou levar seu neto, Príncipe das Astúrias, Castela e governar em seu nome.
Tirando partido da fraqueza do Imperador na Itália contra Veneza, Fernando foi a luta e garantiu um acordo favorável em dezembro de 1509, em Blois, quando o Sacro Imperador prometeu respeitar a vontade de Isabel a Católica, abandonar suas reivindicações para assumir a Regência, isso em troca de uma compensação financeira. 
O front austríaco foi pacificado.
Contudo, as Espanhas viviam em rebuliço, e Fernando, em 1515, juntou as Coroas de Aragão, de Castela, do Reino de Navarra, que havia vencido três anos antes, em uma só e a colocou em sua cabeça
Fernando II de Aragón, llamado «el Católico», Rey de Sicilia, de Aragón, Valencia, Mallorca y Cerdeña, de Castilla, de Nápoles y de Navarra, Conde de Barcelona, Administrador de la Orden de Santiago, morreu em Madrigalejo, hoje na província de Cáceres , comunidade autónoma da Extremadura, no dia 23 de janeiro de 1516, com 63 anos, quando se preparava para assistir ao capítulo das Ordens de Calatrava e de Alcântara no Mosteiro de Guadalupe, por abuso de Cantárida, uma beberagem que tem como princípio ativo a cantaridina para fins afrodisíacos, pois tinha casado de novo com a jovem Germana de Foix, filha de Juan de Foix (Conde de Etampes e visconde de Narbonne ) e Maria de Orleans , essa irmã de Luís XII da França .
“ No testamento, deixou todas as suas possessões ao neto, Carlos de Gante, futuro Carlos I de Espanha e o Imperador Carlos V do Sacro Império Romano. Até sua chegada, pois vivia nos Países Baixos”.
Como Regente de Aragão así como los demás territorios de la Corona Aragonesa foi nomeado por testamento de Fernando um de seus filhos bastardos de nome Alonso de Aragón o también Alfonso de Aragón, um rebento com Aldonza Ruiz de Ivorra y Alemany, uma nobre catalã, que foi Virrey de Aragón, Arzobispo de Zaragoza, Arzobispo de Valencia. Contudo as sempre rebeldes Cortes Catalãs não aceitaram, e houve um vácuo de Poder até a chegada de Carlos de Gante em novembro de 1518, que foi entronizado como Carlos I, mantida Juana, sua mãe, como Rainha.
Carlos I confirmou a vontade do avô e nomeou seu tio, um bastardo mais seu tio, como Lugarteniente General del Aragón, cargo que exerceu até a sua morte em Lécera, Zaragoza, hoje comunidade autónoma de Aragão, em 24 de fevereiro de 1520.
O testamento de Fernando estipulava que a Regência do Reino de Castela así como los demás territorios de la Corona caberia a Francisco Jiménez Cardeal de Cisneros, com 80 anos, até a chegada de Carlos de Gande.
Cisneros era dotado de grande habilidade política e de uma extraordinária capacidade de governar.
A nobreza castelhana vivia em ebulição.
Uma parte dela tentou aclamar Fernando, que havia nascido na Espanha, era o querido do avô Fernando, tinha sido educado na Espanha sob a tutela desse mesmo avô, mas Cisneros abortou o processo afastado todos que estavam entorno do jovem Infante, e nomeado uma pessoa de total confiança sua, o Marquês de Aguilar de Campo, como " "gobernador de su persona y casa” deste Principe espanhol que acabou Imperador do Sacro Império Romano Germânico.
Imediatamente Cisneros comunicou a Carlos de Gante, e apesar de Juana, a Loca, ainda ser a Rainha de facto e de direito, ele foi aclamado em Bruxelas, nos Países Baixos, Rei de Castela e Aragão, etc.
Foi um Golpe de Estado?
Foi, mas garantiu a instabilidade nas Espanhas, instabilidade essa duramente conquistada.
Apesar dessa Aclamação, Cisneros enviou emissários solicitando a presença imediata de Carlos como o único meio de parar as preocupações de rebelião que funcionam através do reino.
O fiel Francisco Jiménez de Cisneros, Gobernador del Reino de Castilla, Cardenal presbítero de Santa Balbina, Arzobispo de Toledo, Primado de España, Canciller Mayor de Castilla, tercer inquisidor general de Castilla, perteneciente a la Orden Franciscana (O.F.M. Obs.), morreu em Roa, na hoje na província de Burgos, comunidade autónoma de Castilla y Leon ,  região de Ribera del Duero, no dia 8 de novembro de 1517, quando ia ao encontro de seu novo soberano, Carlos I.
Eu não podia terminar essa parte sem citar o que está abaixo:
“ Durante sua vida, ele participou de uma maior ou menor grau, tudo o que foi feito durante o reinado dos Reis Católicos e contribuiu de forma decisiva para a configuração do novo estado. Ele reformou a vida religiosa, que tinha caído em um grande relaxamento moral e uma variedade intelectual. Ele podia ver que qualquer renovação começou com educação e sem ser um estudioso, fundada em Alcala de Henares uma das instituições mais influentes da cultura espanhola: a Universidade de Alcalá, Universidade Complutense ou Universidade Cisneriana ( Complutensis Universitas ).
Cisneros deu a nova Universidade de Alcalá com uma magnífica biblioteca, onde uma elevada percentagem de livros tratados com ciências naturais.
Ele também substituiu a igreja medieval em ruínas de San Justo por um belo edifício gótico. Esta é a Igreja Magistral de Alcalá de Henares (hoje Catedral Magistral), localizado no coração da cidade, onde estaria seu túmulo. No entanto, a sepultura, a obra de Domenico Fancelli e Bartolomé Ordóñez , está hoje na capela de San Ildefonso, ligado ao do ex- Colegio Mayor de mesmo nome.
Jamais podemos esquecer que foi o Cardeal Cisneros que financiou a convecção da Bíblia Poliglota Complutense, a primeira edição poliglota uma Bíblia completa.
Sua Bíblia base textual:   
AT: Vulgata (latim), Septuaginta (grego), hebraico e aramaico textos.
NT: Vulgata (latim), o texto grego.
Creio que não preciso dizer mais nada sobre esse extraordinário homem que foi Francisco Jiménez de Cisneros, que “ nació en Torrelaguna, Madrid, en 1436, hijo de hidalgos pobres”.

Contudo aqui começa o apogeu universal dos Habsburgos, também Casa de Habsburgo e ou Casa da Áustria -  Die Habsburger auch Haus Habsburg und Haus Österreich.

Como veremos com Carlos I & V.


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