sexta-feira, 22 de abril de 2016

Títulos e estilos de Dona Maria II




Títulos e estilos

4 de abril de 1819 – 6 de março de 1821: 
Sua Alteza a Princesa da Beira 
 6 de março de 1821 – 4 de fevereiro de 1822: 
Sua Alteza a Sereníssima Infanta Maria da Glória
4 de fevereiro de 1822 – 12 de outubro de 1822: 
Sua Alteza a Princesa da Beira
12 de outubro de 1822 – 2 de dezembro de 1825: 
Sua Alteza Imperial a Princesa Imperial do Brasil
·2 de dezembro de 1825 – 2 de maio de 1826: 
Sua Alteza Imperial a Princesa do Grão-Pará          
2 de maio de 1826 – 11 de julho de 1828:   
Sua Alteza Real a Duquesa do Porto
Sua Majestade Fidelíssima a Rainha de Portugal e dos Algarves  





O estilo oficial de D. Maria II enquanto Rainha de Portugal:

Pela Graça de Deus, Maria II, Rainha de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.


Ceptro do dragão, feito para a Aclamação da Rainha Maria II, simbolizando:
 A Coroa de Portugal,
A Carta Constitucional de 1826,
O Dragão emblemático da Casa de Bragança



Bandeira pessoal de João V e de Maria II.

Esses foram os Títulos:
Princesa da Beira
Duquesa de Bragança
Duquesa de Barcelos
Marquesa de Vila Viçosa
Condessa de Arraiolos
Condessa de Barcelos
Condessa de Neiva
Condessa de Ourém
Princesa Imperial do Brasil
Princesa do Grão-Pará (1821-1826)
Duquesa do Porto
Duquesa de Leuchtenberg
Duquesa de Santa Cruz
Princesa de Eichstadt
Princesa de Saxe-Coburgo-Gota

    
  

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Mãe.


 Como sabemos Leopoldine Josepha Caroline, Erzherzogin von Österreich –Leopoldina Josefa Caroline, Arquiduquesa da Áustria- era uma Princesa membro da Casa reinante de Habsburgo-Lorena - Das Herrscherhaus Habsburg-Lothringen – cuja Dinastia- Mãe foi a Casa de Habsburgo - Die Habsburger – família esta que remonta a Theodebert, Rei da Helvetia e Alemannia, no século X, pai de Guntram der Reiche ( Guntram , o Rico, * 920 - + 26 de março de 973), Conde em Breisgau, considerado “ O pai dos Habsburgos”, segundo a “ Acta Murensia ( Acta fundationis monasterii Murensis) uma chartularchronik, que é uma forma especial da historiografia medieval, escrita por um monge beneditino, dividida entre três partes:
A primeira parte consiste de um pedigree dos Condes de Habsburg.
A segunda parte apresenta uma visão sobre a história do mosteiro no momento da controvérsia da investidura.
A terceira parte contém uma lista detalhada das propriedades monásticas, que ao longo de uma vasta área entre a Alsácia e Suíça Central”.

Dona Leopoldina descendia diretamente dessa Linha de Imperadores começando com Frederico III, e depois Maximiliano I, Carlos V ,Fernando I, Maximiliano II, Fernando II, Fernando III ,Leopoldo I, Carlos VI, Francisco I ( aqui com Maria Teresa, a Grande, a verdadeira governante) , Leopoldo II , Francisco II, seu pai, que se tornou Francisco I, Imperador da Austria, como eu já narrei anteriormente, Titulados Kaiser des Heiligen Römischen Reiches, römisch-deutscher König vor Römischer König oder König der Römer (Rex Romanorum), am ende König in Germanien (Germaniae Rex).
T.L.:
Imperador do Sacro Império Romano, rei romano-germânica antes Rei Romano ou Rei dos Romanos (Rex Romanorum), no final do Rei em Germânia (Germaniae Rex).
 E tem mais:
Era uma mulher estudada.



“ Maria Teresa, a Grande, instituiu uma reforma na educação em 1775. No novo sistema de ensino, baseado no prussiano, todas as crianças de ambos os sexos entre seis e doze anos, tinham que frequentar a escola, e isso, também, valia para as crianças da Família Imperial, pois era obrigação delas estudar mais do que as outras, já que a população da Austria ainda era analfabeta em algumas regiões, e todos elas - os Príncipes ou Princesas - deveriam estar preparadas para assumir em menor, ou em maior, grau responsabilidades governamentais”.
Foi assim com a filha predileta de Maria Teresa, a Arquiduquesa Maria Christina Johanna Josepha Antonia, a Mimi, filha predileta da Imperatriz-Rainha, que casou com quem ela, Maria Christina, quis, ou seja, Alberto Casimiro de Saxe-Teschen, também conhecido como Alberto da Saxónia, Duque de Teschen, e depois foi nomeada pela mãe com Governadora da Holanda Austríaca.  
“ Maria Teresa foi uma monarca com qualificações acima da média, como raciocínio rápido e determinação, e estava pronta a reconhecer a superioridade intelectual de alguns de seus conselheiros e desfrutava do apoio deles, mesmo que suas ideias fossem divergentes”, e isso se viu em Dona Leopoldina quando precisou reunir o Conselho de Regência e deliberar quanto as Ordens das Cortes de Lisboa sobre a volta do Principe Regente, e a reintrodução do Pacto Colonial.
Maria Teresa, a Grande, foi um exemplo de soberana lucida, competente, extremamente decente, sua descendência dela herdou, ou puxou, esses fatores genéticos.
Enfim, Maria Teresa, pela Graça de Deus, Imperatriz Viúva dos Romanos, Rainha da Hungria, da Boêmia, da Dalmácia, da Croácia, da Eslavônia, da Galícia, da Lodoméria, etc; Arquiduquesa da Áustria, Duquesa da Borgonha, da Estíria, da Caríntia e da Carniola; Grã-Princesa da Transilvânia, Marquesa da Morávia, Duquesa de Brabante, de Limburgo, de Luxemburgo, de Gueldres, de Württemberg, da Alta e da Baixa Silésia, de Milão, de Mântua, de Parma, de Plasencia, de Guastalla, de Auschwitz e de Zator, Princesa da Suábia, Condessa Principesca de Habsburgo, de Flandres, do Tirol, de Hainaut, de Kyburg, de Gorízia e Gradisca, Marquesa de Burgau, da Alta e da Baixa Lusácia, Condessa de Namur, Senhora de Windische Mark e Mechelen, Duquesa Viúva de Lorena e Bar, Grã-Duquesa Viúva da Toscana, foi uma Grande.

 A Arquiduquesa Leopoldina, amorosamente apelidada de Poldl, era filha do último Imperador do Sacro Império Romano Germânico e primeiro Imperador da Austria, Francisco II e depois Francisco I, e de Maria Teresa Carolina Giuseppina, Principessa di Napoli e Sicilia.
Portanto, Dona Leopoldina era irmã uterina de Maria Ludovica Leopoldina Franziska Therese Josepha Lucia von Habsburg-Lothringen, a Marie-Louise d'Autriche, Impératrice des Français de 1810 a 1814, por ter se casado com Napoleão I, o General Bonaparte, o Ogre, que obrigou sua família a fugir por duas vezes ( 1805 e 1809) do familiar Palácio de Schönbrunn, da Corte da Austria, para os confins da Hungria, e a de seu futuro marido para o Brasil atravessando o Mar Oceano, o Atlântico Sul, em condições pra lá de precárias.
 “ "Maria" não se encontra entre os nomes de batismo da Arquiduquesa, segundo Carlos H. Oberacker Jr, na obra "A Imperatriz Leopoldina: Sua Vida e Sua Época", e posteriormente confirmado pela obra "Cartas de uma Imperatriz" de Bettina Kann, Dona Leopoldina passou a usá-lo já em sua viagem para o Brasil, ao tratar de alguns negócios particulares. No Brasil, ela passou a assinar somente Leopoldina, ou utilizando o prenome Maria, como pode ser visto no seu Juramento à Constituição do Brasil”.


Juramento
de
SMI a Imperatriz Leopoldina
A Constituição Política do Império do Brasil
solenemente jurada na Catedral do Império
no dia 25 de março de 1824.

Continuando:
As Arquiduquesas da Austria, bem como os Arquiduques, nasciam sabendo que seus destinos estavam ao sabor dos ventos da política real da Casa de Habsburgos que era desde sempre a dos Casamentos Vantajosos.
Não foi diferente com Poldl.
Mas, antes de falamos de seu casamento, vamos falar de sua infância.
Sua mãe morreu depois de um parto prematuro em abril 1807 quando ela tinha 10 anos.
Se tornou amiga de sua prima Maria Ludovika Beatrix von Österreich-Este, do Habsburgo do Ramo da Áustria-Este, Princesa de Modena e Reggio e Arquiduquesa da Áustria, a “ alma da resistência anti-francesa na Corte de Viena”, sua madrasta a partir de 6 de janeiro de 1808.
Como como era desejo e ordenança de sua avoenga Maria Teresa, Imperatriz e Rainha, para as Princesas da Casa de Habsburgo, foi magnificamente instruída – sendo desde muito pequena disciplinada, o que facilitou a percepção do senso do dever-  tanto que falava além do alemão, corretamente o italiano e o francês, além de ter estudado desenho, piano, equitação, a arte da caça, botânica, mineralogia como celebre professor Schüch.
Por domar as línguas latinas não lhe foi difícil aprender o português.
Apesar de todos esses predicados era famosa a sua teimosia.
Seu avô, Leopoldo II, Sacro Imperador Romano, e demais Estados da Monarquia Habsburgo, aprimorou as ordenanças de Maria Teresa, a Grande, e estabeleceu os “ princípios educacionais” para os Príncipes e Princesas de sua Casa, e entre eles a “arte da caligrafia”, cujo primeiro exercício era escrever:
"        Não oprimir os pobres. Seja caridoso. Não reclame sobre o que Deus lhe deu, mas melhorar seus hábitos. Devemos nos esforçar seriamente para ser bom”.


Pold

O que fez de Poldl uma alma piedosa e caridosa, mas, repito, teimosa.
Quando acompanhou sua madrasta a Carlsbad (alemão: Karlsbad) conheceu Johann Wolfgang von Goethe, Goethe o celebre escritor de Fausto, que ficou muito impressionado com sua inteligência e cultura.
Vemos assim que a Arquiduquesa Leopoldina, amorosamente apelidada de Poldl, era educada e prendada.
Todavia os membros da Família de Habsburgo, ‘ nasciam sabendo que seus destinos estavam ao sabor dos ventos da política real da Casa de Habsburgos que era desde sempre a dos Casamentos Vantajosos’.
Na esteira do Congresso de Viena estava na Capital do Império dos Habsburgo Dom Pedro José Joaquim Vito de Meneses Coutinho, sexto Marquês de Marialva e oitavo de Conde de Cantanhede, esse negociou com Klemens Wenzel Lothar Nepomuk von Metternich, Príncipe de Metternich-Winneburg-Beilstein, o todo poderoso Chancelar da Áustria, e que “ presidiu o Congresso, o tendo influenciado profundamente as decisões tomadas neste, e líder na reorganização política e territorial da Europa após a queda do Imperador Napoleão I em termos de um equilíbrio de poderes”, o casamento de Leopoldina com Dom Pedro de Alcântara , Principe Herdeiro da Coroa de Portugal, do Brasil e do Algarves e do Império Ultramarino Português, sendo o contrato  assinado em 29 de novembro de 1816.
Em meios a esplendoroso festival organizado pelo Marques de Marialva, isso graças as pedras preciosas oriundas do Brasil,  foi celebrado na Igreja de Nossa Senhora dos Anjos (Kirche zur Heiligen Maria von den Engeln) ou Igreja dos Capuchinhos (Kapuzinerkirche), em Viena, o casamento religiosos oficializado por Sigismund Anton Graf von Hohenwart SJ, um jesuíta que era a época Arcebispo de Arquidiocese de Viena de 1803 a 1820, sendo o noivo representado por Carl Ludwig Johann Joseph Laurentius von Habsburg-Lothringen, Erzherzog von Österreich, Herzog von Teschen ( Arquiduque da Áustria, Duque de Teschen), tio da noiva, na terça-feira dia 13 de maio de 1817, dia do aniversário de Dom João. 
O Arcebispo -Conde Sigismund Anton era um feroz opositor a Napoleão Bonaparte, mas foi obrigado a celebrar o casamento deste com a Arquiduquesa Maria Luisa em 11 de março 1810.
Em 3 de junho partiu de Viena o majestoso cortejo levando a Princesa Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Duquesa de Bragança, Arquiduquesa da Austria, etc, que chegou a Florença em 15 dias, ou seja, no dia 18 de junho.
Contudo Sua Alteza Real por 1 mês e 6 dias ficou à espera da Esquadra Portuguesa que só aportou em Livorno em 24 de julho, e o “ comboio matrimonial partiu a 15 de agosto, com Leopoldina, 28 pessoas da comitiva, entre elas o Marqués de Marialva, na nau D. João VI e o Conde de Elz, novo embaixador austríaco, com seus auxiliares na nau D. Sebastião”.
Tocaram em solo de seu futuro Reino, precisamente na Ilha da Madeira, em 11 de setembro, partindo dois dias depois.
Dona Leopoldina desembarcou no Rio de Janeiro no dia 5 de novembro de 1817.
Parece que a Corte levou um susto, pois esperavam uma belíssima Princesa, mas a que desceu da Galeota Real foi uma mulher muito branca, de cútis rosada, loura, de olhos azuis muito vivos, porem com o lábio inferior pendente como boa filha da Casa de Habsburgo, e gordota.
Otávio Tarquínio de Sousa (Rio de Janeiro, 7 de setembro de 1889 — 22 de dezembro de 1959), afirma em sua obra “ A vida de D. Pedro I” que ela era “ uma loiraça feianona e que o casamento foi um sacrifício mutuo”, mas nem as cartas delas para o pai, nem a postura de Dom Pedro que a engravidou 8 vezes, confirmam o que o celebre historiador relatou, que creio eu era para justificar as aventuras galantes, principalmente de sua ligação com a Marquesa de Santos, do senhor Dom Pedro I & IV.
Chegada de Dona Leopoldina 
por Debret 

Dom João designou a Igreja de Nossa Senhora do Carmo como nova Capela Real Portuguesa e foi nela, no dia 5 de novembro que foi celebrado novamente o casamento religioso com a presença do noivo por Dom Luís António Carlos Furtado de Mendonça, Deão da Sé de Braga, que proferiu as seguintes palavras:
“A grande reputação do alto Merecimento da Sereníssima Princeza, desde
muito tempo precedeu á sua chegada, e desde logo, assim como fazia o mais
interessante objecto da nossa expectação, era tambem o mais vivo estimulo da
nossa curiosidade. Chegou: e a nossa expectação foi mais, do que preenchida; a
nossa curiosidade, ao mesmo tempo, que se satisfaz com o gosto de a ver, se
torna ávida de nova satisfação; o prazer não póde dissimular-se, nem exprimirse.
Ninguem he tão senhor dos seus affectos, que veja os Augustos Esposos, e
possa prescindir de amallos; e cada hum de nós, adora a escolha do Ceo, na
acertada escolha, que o nosso Soberano fez de tão amavel Princeza, para dornar
o thálamo do Principe Real; e o nosso Soberano, jamais se mostou tão parecida
imagem de Deos por Quem Reina, como no momento, em que representandose
Lugar Tenente de hum Deos, Remunerador da Virtude, chama para seu
Throno huma Princeza, que já principia a merecer os Altares”.

E mais:
Tome festejos.
Perante toda a Corte Luso-tupiniquim, no Real Palácio da Quinta da Boa Vista, D. Pedro e duas das suas irmãs, Maria Teresa e Isabel Maria, cantaram árias diversas.
No teatro do Rio de Janeiro foi representado o drama Augurio di felicitá, il triunfo del amore, composta para o efeito pelo maestro Marcos Portugal.
Dom João VI concedeu vários perdões gerais, como era habitual.
E a partir destas, as costumeiras recepções na Boa Vista, realizadas a propósito de aniversários ou de festas onomásticas das figuras reais, passaram a contar com a presença de D. Leopoldina.
Aliás, a festa onomástica e a do aniversário de Dona Leopoldina eram celebradas com corridas de touros, danças diversas e fogo de artifício.
A felicidade geral.
Fonte: Leopoldina de Habsburgo, rainha de Portugal – De Paulo Drumond Braga
Escola Superior de Educação de Almeida Garrett, Lisboa

A Corte de Viena era uma festa, apesar das festividades acima descritas, a Corte portuguesa no Rio de Janeiro era sorumbática, tanto que em carta a sua irmã Maria Luíza, ex- Imperatriz dos Franceses e ex-Rainha da Itália, agora Duquesa reinante de Parma, Piacenza e de Guastalla, Dona Leopoldina reclamava da falta de ‘danças’, de alegria, e afirmava que o marido “ tinha o belo costume de se divertir de toda maneira”, o que para bom entendedor essas palavras bastavam.
Dom Pedro era um putanheiro façanhudo que vivia atrás das marafonas acompanhado por Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, na região da hoje Praça XV, centro do Rio de Janeiro, onde se aglomeravam a raia miúda, os soldados, e os escravos.
Wilhelm Ludwig von Eschwege, também conhecido por Barão de Eschwege, geólogo, geógrafo, arquiteto, metalurgista, escreveu para Viena o seguinte: "Por falar no Príncipe Herdeiro, posto que não seja destituído de inteligência natural, é falho de educação formal. Foi criado entre cavalos, e a Princesa cedo ou tarde perceberá que ele não é capaz de coexistir em harmonia. Além disso, a Corte do Rio é muito enfadonha e insignificante, comparada com as cortes da Europa".
Assim historicamente se vê que enquanto ela era culta, ele era boçal, desprovido de cultura, de bons modos, ou seja, ignorante, estúpido, rude e grosseiro.
Porem esse Principe tinha sangue dos Bragança e dos Bourbons, orgulhoso de sua raça, e que faria tudo, como o velho pai, para mantê-la no Poder tanto no Brasil, quanto em Portugal e no vastíssimo Império Ultramarino.
Portanto, uma esposa do Imperial Sangue Habsburgo, e além de tudo culta, lhe caia bem, e ponto final.
Embuchou-a por 8 vezes, logo tinha relações sexuais com ela, apesar das aventuras.
Aliás, Dom Pedro era Bourbon (em Espanha Borbón) por parte de mãe, portanto descendente de Luis XIV, e os Bourbons são muito ativos, mais muito ativos, sexualmente, e muitos deles sofrem de compulsão por sexo como era o caso de Luis XV.
Dom Pedro e Dona Leopoldina foram pais de:
1-     Dona Maria da Glória sobre a qual este livro trata;

2-     Dom Miguel de Bragança, Infante de Portugal, Príncipe da Beira.

*Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro 24.04.1820
† Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro 24.04.1820

3-     Dom João Carlos Pedro Leopoldo Borromeu, Infante de Portugal, Principe da Beira.
* Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro 06.03.1821
† Imperial Fazenda de Santa Cruz 04.02.1822



Princesa Januária. Foto datada de 1859.

4-     Dona Januária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga.
* Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro 11.03.1822
† Nice, França 13.03.1901
Por casamento Donna Gennara del Brasile, Contessa d'Aquila, pois casou na Capela Imperial do Rio de Janeiro, em 28.04.1844, com Luís de Bourbon Duas Sicílias, Principe del Regno delle Due Sicilie e Conte di Aquila - casa di Borbone-Due Sicilie. Deixou descendência.

5-     Paula Mariana Joana Carlota Faustina Matias Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga.
* Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro 17.02.1823
† Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro 16.01.1833


Dona Chicá

6-     Francisca Carolina Joana Carlota Leopoldina Romana Xavier de Paula Michaela Gabriela Raphaela Gonzaga de Bragança, Mana Chica para Dom Pedro II.
* Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro * 02.08.1824
† Paris, Ile de France,  França 27.03.1898
Por casamento Françoise du Brésil, Princesse de Joinville, pois casou na Capela Imperial do Rio de Janeiro, 01.05.1843, com François-Ferdinand-Philippe-Louis-Marie, Francisco Fernando de Orleans, Príncipe de Joinville, filho do rei Luís Filipe I de França; era apelidada de Chicá e de "La Belle Françoise".
Deixou descendência.


7-     Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga
* Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista do Rio de Janeiro 02.12.1825
† No Hotel Bedford, Paris, Ile de France, de pneumonia em 05.12.1891
Deixou descendência.

Câmara Ardente de Dom Pedro II

Enquanto isso com Domitila de Castro Canto e Mello, primeira e única Viscondessa com grandeza e Marquesa de Santos, Dom Pedro I teve os seguintes filhos:
Um menino natimorto (1823);
1-     Dona Isabel Maria de Alcântara Brasileira (1824–1898), "Sua Alteza, a Duquesa de Goiás”, por decreto de 24 de maio de 1826. Por seu casamento com Ernesto José João Fischler von Treuberg, Conde von Treuberg e Barão von Holsen, em Munique, no então reino da Baviera, em 17 de abril de 1843, foi Condessa e Baronesa consorte;
2-     Pedro de Alcântara Brasileiro (1825–1826), falecido antes de completar um ano
3-     Maria Isabel de Alcântara Brasileira (1827), Duquesa do Ceará, que morreu com meses de idade, antes de lhe ser lavrado o título.
4-     Maria Isabel II de Alcântara Bourbon (1830–1896), Condessa de Iguaçu, por seu casamento com Pedro Caldeira Brant, primeiro e único Conde de Iguaçu.

Era o senhor Dom Pedro um façanhudo com uma grande compulsão sexual, ou não?
Se era...
E foi nesse ambiente que nasceu e viveu a infância a Rainha Dona Maria II.


Dona Leopoldina, então Princesa Real-Regente do Reino do Brasil, preside a reunião do Conselho de Ministros em 2 de setembro de 1822.

Dona Leopoldina no Rio de Janeiro, a brejeira capital do Império ajudou verdadeiramente a fundar, pois é dela a assinatura dos decretos enviados as Cortes de Lisboa comunicando a nossa Independência. Abaixo um resumo que consta no verbete Maria Leopoldina de Áustria na mais simples das Enciclopédias mundiais, a Wikipédia:


Quando o marido, Príncipe Regente, viajou a São Paulo em agosto de 1822, para apaziguar a política (o que culminaria na proclamação da independência do Brasil em setembro), Leopoldina exerceu a regência.
Grande foi sua influência no processo de independência.
Os brasileiros já estavam cientes de que Portugal pretendia chamar Pedro de volta, rebaixando o Brasil outra vez ao estatuto de simples colônia, em vez de um reino unido ao de Portugal.
Haviam temores de que uma guerra civil separasse a Província de São Paulo do resto do Brasil.
Pedro entregou o poder a Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo. (Grifo meu)
A princesa recebeu notícias que Portugal estava preparando ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar o retorno de Pedro, Leopoldina, aconselhada por José Bonifácio de Andrada e Silva, e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822, com o Conselho de Estado, assinando o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal.

Nota: Devemos nos lembrar que sua bisavó Maria Teresa, a Grande, “ foi uma monarca com qualificações acima da média, como raciocínio rápido e determinação, e estava pronta a reconhecer a superioridade intelectual de alguns de seus conselheiros e desfrutava do apoio deles, mesmo que suas ideias fossem divergentes”. Observação minha.
Na Wikipédia continua:
A Imperatriz envia-lhe uma carta, juntamente com outra de José Bonifácio, além de comentários de Portugal criticando a atuação do marido e de dom João VI.
Ela exige que Pedro proclame a Independência do Brasil e, na carta, adverte: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".
O oficial chegou ao príncipe no dia 7 de setembro de 1822.
Leopoldina enviara ainda papéis recebidos de Lisboa, e comentários de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, deputado às Cortes, pelos quais o Príncipe-Regente se inteirou das críticas que lhe faziam na Metrópole.
A posição de João VI e de todo o seu ministério, dominados pelas Cortes, era difícil.
Enquanto se aguardava o retorno de Pedro, Leopoldina, governante interina de um Brasil já independente, idealizou a bandeira do Brasil, em que misturou o verde da família Bragança e o amarelo ouro da família
Habsburgo. (Grifo meu)
Outros autores opinam que Jean Baptiste Debret, o artista francês que desenhou o que via no Brasil dos anos 1820, foi o autor do pavilhão nacional que substituía o da vetusta corte portuguesa, símbolo da opressão do Antigo Regime.
Deve-se a Debret o projeto da bela bandeira imperial, em colaboração com José Bonifácio de Andrada e Silva, em que o retângulo verde dos Bragança representava as florestas e o losango amarelo, cor da dinastia Habsburgo-Lorena, representava o ouro.
Foi coroada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de Pedro I.

Destaco que o Título de Mui Leal e Heroica dada a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro se deve ao seguinte fato:


Dona Leopoldina  por Luís Schlappriz.

Reunidas em Lisboa desde 30 de janeiro de 1821 as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes começaram a exigir o retorno de Dom João VI para Portugal, também, chamado de a Metrópole, e em meio a esses trabalhos constitucionais iniciou-se uma intensa movimentação política no sentido de restringir os privilégios do Brasil, e o restabelecimento do chamado “ Pacto Colonial ou Exclusivo Comercial Metropolitano, um sistema de leis e normas que garantiam que as atividades econômicas do Brasil gerassem lucros para os comerciantes portugueses, de Portugal Europeu, afastando totalmente os comerciantes brasileiros do mercado internacional”.
Este controle de compra e venda das mercadorias do Brasil para o Brasil através dos comerciantes em Portugal havia sido revogado pelo Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, condição imposta pela Inglaterra para salvar e transladar a Dinastia de Bragança para as terras brasileiras.
Portugal, a Metrópole, arruinado pela Guerra Napoleônica e “ pela invasão do comércio inglês”, queria estabilizar sua situação social-econômico-financeira às custas de suas Colônias espalhadas pelo mundo, principalmente as custas do Brasil.
“ 25 de abril de 1821, após uma permanência de treze anos no Brasil, do qual levou saudades” conseguiram embarcar o pobre do Monarca que só queria acabar seus dias em seu Paço Real da Quinta da Boa Vista, mas que sabia da importância de seu ‘retorno’ para a causa de sua Dinastia, exatamente da mesma forma que   soube ao decidir migra-la, junto com a Corte e Governo, em 29 de novembro de 1807 para o Brasil.
Sábio tinha consciência de que a sobrevivência de Portugal dependia de sua boa relação com o Brasil, por isso, à revelia das Cortes, nomeou seu filho e Herdeiro do Trono como Principe Regente do Reino do Brasil.
Por tido que já li eu creio que Dom João VI queria concretizar ele mesmo a Independência do Brasil, tanto que tentou ao máximo mandar Dom Pedro e a Família de volta para Lisboa e assim continuar lá a sua Dinastia a reinar em Portugal Europeu, a Metrópole.
Dom João VI sabia que o Brasil, a Nação Brasileira que fundara, estava madura para a sua independência política de Portugal tanto que ‘segundo Rocha Pombo, foi à altura da Fortaleza de Santa Cruz que D. João VI, cheio de viva emoção, em lágrimas, proferiu as seguintes palavras: Pedro, se o Brasil vier a se separar de Portugal, põe a coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela."
E os constituintes em Lisboa, também, tinham consciência disso.
“Em 30 de setembro de 1821, aprovaram Lei que destituía todos os governadores brasileiros, criando uma junta governativa composta por cinco ou seis membros para cada província, subordinadas diretamente às Cortes de Lisboa. O Príncipe-Regente passaria a ser apenas o governador-de-armas do Rio de Janeiro, fragmentando o reino e tirando-lhe o poder”.
E as Tropas Portuguesas sediadas no Brasil tomaram partido das Corte de Lisboa.
Governador das Armas da Corte do Principe Regente e Província do Rio de Janeiro, Tenente-general  Jorge Avilez (Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares, 1.º Visconde do Reguengo e 1.º conde de Avilez), forçou a Dom Pedro a demitir Dom Marcos de Noronha e Brito, oitavo Conde dos Arcos, amigo de Sua Alteza, de seu cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino do Brasil, e que o mandasse de retorno a Portugal, para completar “ exigiu  que Dom Pedro anunciasse publicamente sua adesão às decisões das Cortes de Lisboa”
Eu considero que essa última exigência era uma afronta ao Principe Regente, portanto o Tenente-general queria mesmo além de fazer confusão, confirmar a retirada de toda autoridade para governar o Reino do Brasil do senhor Dom Pedro. 
Dom Pedro cedeu, mas ficou ferido em sua Honra.
Mas, “ a insatisfação quanto às resoluções das Cortes foi generalizada entre a maioria dos residentes do Brasil, os membros do partido do Brasil”.
Os deputados das Cortes Portuguesas não mostravam nenhum respeito para com Dom Pedro, o Regente do Brasil, Príncipe de Bragança, Herdeiro da Coroa portuguesa e de seu Império Ultramarino, e zombavam abertamente dele, tanto que um dos decretos das Cortes datado de e 29 de setembro de 1821, ordenava a Dom Pedro que incógnito, acompanhado pela Família e por uma pequena comitiva, regressasse a Portugal, a fim de "ilustrar-se" com novos conceitos políticos.
Quando Dona Leopoldina soube disso o seu sangue condal, margraviato, ducal, arquiducal, principesco, real, imperial, dos Habsburgos ferveu em suas veias, e ela passou claramente a favorecer o partido dos brasileiros e encorajando o marido a permanecer no Brasil. (Grifo meu)
Veio o Dia do Fico de 9 de janeiro de 1822, quando Dom Pedro afirmou bombasticamente:
"Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".
Depois da decisão de Dom Pedro de desafiar a Cortes, cerca de dois mil homens liderados por Jorge Avilez amotinaram-se, mas em resposta foram cercados pelos brasileiros armados, liderados pela Divisão Militar da Guarda Real de Polícia, ou simplesmente Guarda Real da Polícia (GRP), criada em 13 de maio de 1809 pelo senhor Dom João VI.
Com o cerco dos ‘cariocas’, Dom Pedro teve forças para demitir o Comandante Geral das Tropas Portuguesas.
Imediatamente o General Jorge de Avilez abandonou o Monte Castelo com receio de um ataque dos brasileiros, recuando para a Praia Grande, em Niterói, que fortificou, mas de nada adiantou efetivamente e acabou sendo expulso, com suas tropas, pelo Príncipe Regente.
A Tropa Portuguesa embarcou em fevereiro, chegando a Lisboa em maio de 1822.
Mas, no logo no início dessas posturas de Jorge Avilez a soldadesca portuguesa esse colocou de prontidão, uma prontidão constante e hostil, em frente aos Paços Reais.
Diante da revolta de Avilez e de seus homens a senhora Dona Leopoldina, filhos, fâmulos e os mais fieis chegados, foram obrigados a fugir da Corte do Regente rumando para a Real Fazenda de Santa Cruz, situada na distante localidade de Santa Cruz, hoje o pujante bairro de Santa Cruz, porque.
Segundo consta foi uma viagem terrível, com muita chuva, e o pequeno Principe da Beira, Dom João Carlos Pedro Leopoldo Borromeu de Bragança, adoeceu e em consequência veio morrer na volta a Quinta da Boa Vista em 4 de fevereiro de 1822.
Mãe extremosa Dona Leopoldina nunca perdoou a Avilez, nem tão pouco aos portugueses e seus partidários pelo fato, e incentivou ao marido a outorgar a Cidade do Rio de Janeiro, isso por causa do feito dos cariocas armados, liderados pela Guarda Real da Polícia, o Título de Mui Leal e Heroica.



Foi coroada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de Coroação e Sagração de Pedro I na Capela Imperial do Rio de Janeiro.

Ainda na Wikipédia:
Morreu no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, bairro de São Cristóvão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1826. Seu corpo, revestido do manto imperial, foi colocado em três urnas: a primeira de pinho português, a segunda de chumbo (com a inscrição latina própria, sobre a qual havia uma caveira com duas tíbias cruzadas e, sobre esta o brasão imperial em prata) e a terceira de cedro.
Foi sepultada no Convento da Ajuda, na atual Cinelândia. Quando o convento foi demolido, em 1911, os restos foram transladados para o Convento de Santo Antônio, também no Rio de Janeiro, onde foi construído um mausoléu para ela e alguns membros da Família Imperial. Em 1954, foram transferidos definitivamente para um sarcófago de granito verde ornado de ouro, na Capela Imperial, sob o Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.




Títulos e Tratamento:

22 de janeiro de 1797 – 11 de agosto de 1804: Sua Alteza Real, Arquiduquesa Leopoldina da Áustria
11 de agosto de 1804 – 6 de novembro de 1817: Sua Alteza Imperial e Real, Arquiduquesa Leopoldina da Áustria
6 de novembro de 1817 – 12 de outubro de 1822: Sua Alteza Real, a Princesa Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Duquesa de Bragança
12 de outubro de 1822 – 10 de março de 1826: Sua Majestade Imperial, a Imperatriz do Brasil
10 de março de 1826 – 28 de maio de 1826: Sua Majestade Imperial e Fidelíssima, a Imperatriz do Brasil e Rainha de Portugal
28 de maio de 1826 – 11 de dezembro de 1826: Sua Majestade Imperial, a Imperatriz do Brasil



Túmulo de Dona Leopoldina
Cripta Imperial.
Parque da Independência
Bairro do Ipiranga
São Paulo, Brasil.


Infelizmente em Dona Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga não sobressaiu os genes Habsburgo. 



terça-feira, 19 de abril de 2016

A Família Materna- Parte 4.

A mãe de Dona Maria II era de puro sangue Habsburgo - Blut Habsburger.





Francisco, Imperador da Áustria, e pai de Dona Leopoldina, portanto avô de Dona Maria II.
da
Das Herrscherhaus Habsburg-Lothringen
Maison de Habsbourg-Lorraine
Casa de Habsburgo-Lorena

Franz II, Kaiser des heiligen römischen Reiches
König in Germanien
1792–1806
*****
Franz I, Kaiser von Österreich
1804–1835

Francis, Franz, ou Francisco acreditava que tinha que povoar o mundo, para isso casou quatro vezes, com:



Johann-Baptist Lampi d. Ä. 006-2.jpg

1-     Elizabeth Louise Wilhelmine, Duquesa de Württemberg:
* Treptow, 21.04.1767
     † Viena, Viena, 18.02.1790
Era filha de Frederico II Eugénio, Duque de Württemberg, e Doroteia, Margravina de Brandemburgo-Schwedt.
Francisco e Elizabeth foram pais de:
Maria Luise, Arquiduquesa de Áustria.
* Viena, Viena, 18.02.1790
† Viena, Viena, 24.06.1791
Elizabeth morreu de complicação do parto da pequena Princesa.


Marie-Thérèse de Bourbon-Naples, portrait de Élisabeth Vigée-Le Brun, 1790.
 A mãe de Dona Leopoldina
a
avó
de
Dona Maria II


      2- Maria Teresa di Borbone, Principessa delle Due Sicilie - Casa Reale       Borbone-Napoli.
* Nápoles, Nápoles, 06.06.1772
† Viena, Viena, 13.04.1807
Filha de Fernando I, Rei das Duas Sicílias e de Maria Carolina, Arquiduquesa de Áustria, filha de Francisco I de Lorena, Imperador da Alemanha, e de Maria Teresa, a Grande.
Tiveram os seguintes filhos: 

Peinture représentant l'impératrice Marie-Louise.

1-     Marie-Louise d'Autriche - Maria Ludovica Leopoldina Francisca Theresa Josepha Lucia, Arquiduquesa de Áustria
* Viena, Viena, 12.12.1791
† Viena, Viena, 17.12.1847
Casou com:



a-       O General Bonaparte - Napoleão I, Imperador dos Franceses, Rei da Itália, Protetor da Confederação do Reno, em 02.04.1810.
O papa Francisco foi Imperador Sacro de 1 de março de 1792 até 12 de julho de 1806 (14 anos 4 meses e 11 dias), porque Bonaparte queira acabar com o Sacro Império, pois, para ele só o Império Frances é que deveria existir na Europa, e desejava ainda ter influência sobre os princeps germânicos, que até então viviam no âmbito do Império Milenar – tanto que ao acabar com ele se autoproclamou Protetor da Confederação do Reno em 12 de julho de 1806.
Depois das derrotas austríacas em Ulm (Baden-Württemberg / Baviera) de 15 e 20 de outubro 1805, e em Austerlitz a 02 de dezembro de 1805, Napoleão impôs o Tratado ou Paz de Pressburg que “ marcou o efetivo fim do Sacro Império Romano-Germânico”.
Os conselheiros do papa Francisco já o tinha avisado de que essa possibilidade exercia, mas para evitar maiores perdas se fazia necessário a manutenção do Título de Imperador, sim pois, os domínios da Monarquia Habsburgo - Kaisertum Österreich/ Áustria do Kaiser - eram muitos e precisavam continuar indivisível, e ele docemente constrangido assumiu o de Kaiser von Österreich - Imperador da Áustria.
Isso é:
“Nos Franciscus Primus, divina favente clementia Austriae Imperator, Hierosolimae, Hungariae, Bohemiae, Lombardiae et Venetiarum, Dalmatiae, Croatiae, Slavoniae, Galiciae et Lodomeriae Rex; Archidux Austriae; Dux Lotharingiae, Salisburgi, Styriae, Carinthiae, Carniolae, superioris et inferioris Silesiae, Magnus Princeps Transilvanae, Marchio Moraviae, Comes Habsburgi et Tyrolis, etc. etc.”
Ou:
Nós, Francisco o primeiro, pela graça de Deus, Imperador da Áustria, Rei Apostólico da Hungria,Rei da Boêmia, da Dalmácia, da Croácia, da Eslovênia, da Galícia e Lodoméria, e da Ilíria, Rei de Jerusalém, Arquiduque da Áustria, Grão-duque da Toscana e de Cracóvia,Duque da Lorena, de Salzburgo, da Estíria, da Caríntia, da Carniola e da Bucovina, Príncipe da Transilvânia,
Marquês da Morávia, Duque da Alta e Baixa Silésia, de Módena, Parma, Placência e Guastalla, de Auschwitz e Zator, de Teschen, Friuli, Ragusa e Zara, Conde de Habsburgo e Tirol, de Kyburg, Coriza e Gradisca, Príncipe de Trentino e Brixen (Bressanone),
Marquês da Alta e Baixa Lusácia e da Ístria, Conde de Hohenems, Feldkirch, Bregenz, Sonnenberg , senhor  de Trieste, de Cattaro e de Wendland,Grande voivoda da Voivodia da Sérvia, Soberano da Ordem do Tosão de Ouro, etc.

Papa Francisco nomeou o Conde Clément-Wenceslas-Népomucène-Lothaire, futuro príncipe Metternich -Winneburg, como primeiro-ministro, e formou a Quinta Coalizão foi a aliança formada pela Grã-Bretanha, a Áustria, a Prússia e a Suécia contra a França de Napoleão Bonaparte.
Os austríacos perderam na Batalha de Wagram (5-6 de julho de 1809), uma vila a 15 km ao norte de Viena da Áustria, e por isso tiveram que assinar o humilhante Tratado de Schönbrunn de 14 de outubro de 1809, no Palácio de Schönbrunn, que Napoleão ocupava, pela segunda vez, e que a Família Imperai havia sido forçada a abandonar devido a aproximação do Oger (Ogro), como eles chamavam o General Bonaparte, também, pela segunda vez.
Foi acordado o casamento de Napoleão, divorciado da grande Imperatriz Josefina, com a Arquiduquesa Maria Ludovica.
No dia 11 de março de 1810 a cerimônia religiosa acontece na Augustinerkirche, a Igreja de Santo Agostinho, a Igreja dos Habsburgos, seguindo o protocolo empregado no casamento de Maria Antonieta com Luis em 19 de abril de 1770.
Napoleão é representado por um general comandante das forças que o combate, Carlos Luís da Áustria-Teschen, Arquiduque da Austria, Duque de Teschen, Grão-Mestre da Ordem Teutônica, Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro, Grã-Cruz da Ordem de Maria Teresa, tio da noiva.    
Sigismund Anton Graf von Hohenwart SJ, Arcebispo de Viena, um adversário ferrenho de Napoleão, abençoa na ocasião 12 alianças de casamento de tamanhos diferentes, pois ninguém sabia a circunferência do aro de anel do Imperador dos Franceses 
Maria Ludovica deixou Viena em 13 de março de 1810.
Não creio que, também, os vienenses, os austríacos em geral, tenham ficado felizes com essa união matrimonial, afinal os canhões de Napoleão os atomatavam, não davam descanso.
Enfim...
Era a celebre Política dos Casamentos Vantajosos dos Habsburgos, para o bem da Coroa, da Dinastia, e porque não dizer dos austríacos.
O mesmo Rito de Passagem de Maria Antonieta acontece agora em Braunau, na Suíça, no Kanton Thurgau, e é recebida no lado francês por Caroline Murat, irmã mais nova de Napoleão, e Rainha consorte de Nápoles.
Napoleão aflito não segue o protocolo e encontra Marie Louise em Compiègne no dia 27 de março. A apresenta a Corte, e como já havia casado em Viena dorme com a moça. No dia seguinte, qual pavão, desfila todo risonho comentando com seu ajudante de campo Anne Jean Marie René Savary, Duque de Rovigo:
« Mon cher, épouser une allemande, ce sont les meilleures femmes du monde, douces, bonnes, naïves et fraîches comme des roses! »
T.L.:
"Meu querido, case com uma alemã, elas são as melhores mulheres no mundo, gentil, amável, ingênua e frescas como rosas! "
O que confirma que Napoleão era cafona, cafona até demais, afinal era um parvenu, um arrivista social.
No 1 de abril de 1810, a União Civil é realizada no Grande Salão do castelo de Saint-Cloud, na presença da novíssima Família Imperial francesa e da Corte.
Na “ segunda-feira 2 de abril de 1810, aos 40 anos, vestido com suas vestes imperiais, Napoleão casou com Marie Louise, de 18 anos, no Salon carré du Louvre, transformado para a ocasião em uma capela pelo arquiteto Pierre Fontaine. O casamento foi oficializado pelo tio do Imperador, o Cardeal Joseph Fesch, Grande Capelão do Império, Arcebispo de Lyon, Primaz dos Gauleses, Senador Primeiro Império, Par, Cardeal Presbitero de San Lorenzo in Lucina, e de S. Maria della Vittoria.
Na Corte Imperial - Corte esta composta de ‘filhos da Revolução de 1789’, a Revolução que decapitara a Maria Antonieta, tia da nova Imperatriz - era chamada de “ A Austríaca” como ela.
Odiada por muitos:
a-      Pela Família Imperial;
b-     Pelos “ bonapartistas que demostravam sua preferência por Josefina”;
c-     Pelos “ monarquistas que não perdoavam esse casamento que consideravam que ele de certa forma legitimava os arrivistas da família Bonaparte”.
Napoleão, orgulhoso de ter se casado com uma Filha de Reis, a chama ora de Nana”, ora de “Popo", o que enfurece mais ainda os membros da Corte e em especial as suas irmãs.
Não gostou da Corte, mas resignada escreve para sua família, contudo as cartas não escondem certa melancolia.
Aliás, devia ser muito difícil para uma moça germânica que foi criada de modo burguês viver em meio a uma família, a uma Corte, de parvenus, de novos-ricos com seus modos afetados e suas ostentações.
Devia ser dificílimo, até porque era tímida.
Não acreditava nas lisonjas, e escreveu isso em seu diário-  « Je n'aime pas qu'ils me flattent en ma présence, surtout quand l'éloge n'est pas vrai, comme quand ils me disent que je suis belle »:
T.L.: "Eu não gosto que me lisonjeia na minha presença, especialmente quando o elogio não é verdade, como quando me dizem que eu sou bonita".
A nova Imperatriz costura, borda, toca harpa, cravo, piano, joga bilhar e lê muito.
Adora o Petit Trianon em Versalhes, onde caminha pelos jardins.
Vai à missa, e faz caridade, mas vigiada pela polícia.
Napoleão não ligava para comida, mas Marie Louise adora comer, é uma gourmande.
Três meses depois da noitada de Compiègne, Marie Louise escreveu a Viena informado que estava grávida.
Parece que Napoleão era “tiro certo”, de maneira muito rápida, qual um coelho, tchacatchacava na butchaca das mulheres e essas engravidavam.
Napoleão fazia tudo com muita rapidez, falava com rapidez, comia com rapidez, andava rápido, e fazia sexo, também, bem rapidinho, até porque não era lá muito bem-dotado.  
Era um amante pífio.
O parto ficou a cargo do Barão doutor Antoine Dubois, e de Jean-Nicolas Corvisart-Desmarets, médico particular do Imperador.
A situação se complicou, estava difícil, e o cirurgião Dubois, perguntou a Napoleão se ele queria salvar a mãe ou a criança, e Napoleão respondeu que queria salvar Marie Louise.
Entretanto foram usados fórceps e assim às 9:15 da manhã do dia 20 de março de 1811 nasceu Napoleão Francisco Carlos Jose Bonaparte, o Rei de Roma,
Parece que essa criança sabia de seu mau destino, mas isso é outro assunto.
Em 9 de junho de 1811, na Catedral de Notre Dame, Napoleon François Joseph Charles é batizado.
E o Rei de Roma foi entregue as aias.
Marie Louise reclamou que tiraram seu filho, que na Áustria ela poderia ficar com a criança o tempo todo, patatí patatá, mas o futuro provou que era puro show, pois ela não ligou a mínima para esse filho depois que foi morar na Itália com seus maridos e outros rebentos, o deixando sob a custódia de seu pai na Corte de Viena.
Fatos: 10.04.1814 foi a primeira abdicação de Napoleão em seu filho, Napoleão Francisco Carlos Jose Bonaparte, que assumiu o nome de Napoleão II, mas que ineditamente foi exilado na corte de Áustria.
Francisco I lhe dá o Título e as mercês de Sua Alteza Sereníssima Duque de Reichstadt.
De tuberculose no dia 22 de julho de 1832, no Palácio de Schönbrunn, ele morre com 21 anos.
“Seus restos mortais, que repousavam na cripta imperial austríaca da Igreja dos Capuchinos em Viena, foram devolvidas à França por ordem expressa de Adolfo Hitler em 1940, e estão depositados ao lodo do pai nos Invalides”.
Com o colapso do Primeiro Império Napoleônico, Marie Louise volta para Viena.
E “ o Congresso de Viena atribuiu os ducados de Parma, Piacenza e Guastalla a Marie Louise, que não poderia passá-lo para seus descendentes”, e ela o assume em 18 de abril de 1816 e onde ficaram até o dia de sua morte que é 17 de dezembro de 1847, portanto por 31 anos 7 meses e 29 dias.
Mais, Maria Luisa Leopoldina Francesca Teresa Giuseppa Lucia d'Asburgo-Lorena, era fogosa, e não ficou sozinha.



Primeiro com Adam-Adalbert, Conde de Neipperg, que por ordem do Príncipe- Chanceler de Metternich foi para junto dela tendo como finalidade não deixar que ela se reunisse com o desposto Napoleão deposto.
Neipperg, muito senhor de si, virou-se para o Principe- Chanceler e exclamou:
“Em seis semanas eu serei seu melhor amigo e seu amante em seis meses."
Não demorou nem seis semanas e ela caiu na cama do pretensioso Conde.
Enquanto Marie-Louise ainda é legalmente casado com Napoleão nasceram:
a-      Albertine Marie di Montenuovo, Condessa de Montenuovo. Casou com Luigi de Sanvitale, Conde de Fontanelatto e de Nocetto;



b-     Guglielmo Alberto di Montenuovo, Conde e depois primeiro Principe de Montenuovo, Marechal de Campo (Marshal) do Império Austríaco. Casou com a Condessa Juliana Batthyány-Strattmann. Com descendência.
c-     Mathilde, Condessa de Montenuovo;
d-     Gustavo de Montenuovo.
Quatro meses depois da morte de Napoleão em 1821, Maria Luisa e Adam-Adalbert realizaram um casamento morganático.
O sobrenome Neipperg significa em italiano "Montenuovo".
Adam-Adalbert, conde de Neipperg.
* Viena, 08.04.1775
† Parma, 22.02.1829

Viúva novamente, Maria Luisa não sossegou o facho.
Charles René, Conde de Bombelles
* Yvelines, Versailles, 06.11.1785
† Yvelines, Versailles, 30.05.1856


O Conde de Bombelles era viúvo de Caroline de Poulhariez-Cavanac, e pai de um filho e uma filha.
Foi enviado pelo Principe- Chanceler de Metternich para serenar a Duquesa e “ Seis meses depois de sua chegada, em 17 de fevereiro de 1834, ela se casou com ele, mais uma vez morganáticamente. ”
Desta união não teve descendência.
Marie Louise adoeceu em 9 de dezembro de 1847.
Sua condição piorou para os próximos dias.
Em 17 de dezembro, ela desmaiou depois de vomitar e nunca acordou novamente.
Ela morreu durante a noite contava com 56 anos de idade.
A causa de morte foi determinada como sendo de pleurisia.
Seu corpo foi transferido de volta para Viena e enterrado na Cripta Imperial da Igreja dos Capuchinhos.



Voltemos aos irmãos de Dona Leopoldina:

Ferdinand Ier d'Autriche
2-     Fernando I & V, o Bom - Karl Leopold Joseph Franz Marcellin, der Gütige, Arquiduque da Austria.
* Viena, Viena, 19.04.1793
† Praga, 29.06.1875
Como Fernando I foi Imperador da Áustria, Rei de Lombardo-Veneto;
Como Fernando V foi Rei da Hungria, Croácia e Boêmia.
Fernando sofria de epilepsia, hidrocefalia, problemas neurológicos, o que fazia dele débil mental e incapaz de governar.
Casou com Maria Anna Carolina Pia, nascida em 19 de setembro de 1803, no Palazzo Colonna, Roma, então Estados Papais.
Filha do Rei Vítor Emanuel I da Sardenha e de sua esposa, a Arquiduquesa Maria Teresa da Áustria-Este. Una Principessa di Casa Savoia.
Entretanto o casamento não foi consumado, pois nervoso Fernando teve ataques epiléticos na Hora H.
Mesmo assim ela foi:
2 de março de 1835 - 2 de dezembro de 1848: Sua Majestade Imperial a Imperatriz da Áustria
2 de março de 1835 - 2 de dezembro de 1848: Sua Majestade a Rainha da Hungria, Croácia, Boêmia e Lombardo-Veneto
Da data da abdicação de seu marido 2 de dezembro de 1848 - 4 de maio de 1884: Sua Majestade Imperial Imperatriz Maria Ana
Ela morreu no Castelo de Praga no dia 4 de maio de 1884, com 80 anos de idade, e nove anos depois de seu marido. Está enterrada na Cripta Ferdinand da Imperial Cripta dos Capuchinhos de Viena da Áustria.
1-     Maria Carolina, Arquiduquesa de Áustria
* Viena, Viena, 08.06.1794
† Viena, Viena, 17.03.1795
2-     Carolina, Arquiduquesa de Áustria
* Viena, Viena, 09.12.1795
† Viena, Viena, 30.06.1799

5- Maria Leopoldina de Áustria, será tema de um novo capitulo.

3-     Maria Clementina, Maria Klementine Franziska Josepha, Arquiduquesa de Áustria.
* Viena, Viena, 01.03.1798
† Chantilly, 03.09.1881
Casou com seu primo Leopoldo Giovanni Giuseppe Michele di Borbone, Principe di Salerno. Dinastia Borbone di Napoli.
* Nápoles, Nápoles, 02.07.1790
† Nápoles, Nápoles, 10.03.1851
Filho de Fernando I, rei das Duas Sicílias e de Maria Carolina, Arquiduquesa de Áustria, esta filha de Francisco I, Imperador Sacro, e Maria Teresa, a Grande.
Com descendência.
4-     Joseph Franz Leopold, Arquiduque de Áustria
     * Viena, Viena, 09.04.1799
                † Viena, Viena, 30.06.1807
5-     Maria Carolina - Maria Karolina Ferdinande Theresia Josephine Demetria- Arquiduquesa de Áustria.
* Viena, Viena, 08.04.1801
† Dresden, 22.05.1832
Casou em 7 de outubro de 1819, com:
Frederico Augusto II - Albert Maria Clemens Joseph Vincenz Aloys Nepomuk Johann Baptista Nikolaus Raphael Peter Xaver Franz de Paula Venantius Felix von Sachsen – da Maison de Wettin.
* Saxe, Dresden, 18.05.1797
† Brennbüchel, Imst, Tirol, 09.08.1854
Terceiro Rei de Saxe (Saxônia) de 6 de junho de 1836 - 9 de agosto de 1854, portanto por 18 anos 2 meses e 3 dias. 
Viúvo de Maria Carolina casou em 24 de abril de 1833, em Dresden, com Marie da Baviera (Maria Anna Leopoldine Elisabeth Wilhelmine, Prinzessin von Bayern), filha do Rei Maximilian I s, Rei da Baviera, e sua segunda esposa Caroline de Baden. Era gêmea de Sofia, Arquiduquesa da Austria.
Maria Leopoldine, Prinzessin von Bayern da Casa de Wittelsbach.
* Munique, Munique, 27.01.1805
† Waschwitz, 13.09.1877
Em ambos casamentos, não houve descendência.

Franz Karl Erzherzog Litho.jpg

6-     Francisco Carlos, Arquiduque de Áustria.
Franz Karl, Erzherzog von Österreich
* Viena, Viena, 07.12.1802
† Viena, Viena, 08.05.1878
Membro do Conselho de Regência que governou em nome de seu irmão, Fernando I & V, o Bom, não era o Homem certo para os Tempos Terríveis que o mundo estava vivendo. Quando seu irmão abdicou, pressionado por sua mulher, Sofia da Baviera, Arquiduquesa da Austria, nascida Princesa da Casa de Wittelsbach, chamada de "o único homem na corte", irmã gêmea da Rainha Maria Anna de Saxe, renunciou seus Direitos as Coroas da Monarquia Habsburgo em seu filho mais velho, Francisco José, que se tornou o Imperador Francisco José I, que governou de 2 de dezembro de 1848 até o dia de sua morte em 21 de novembro de 1916, portanto, por 67 anos 11 meses e 19 dias.
Casou com Frederique Sophie Dorothee Wilhelmine Wittelsbach – Sofia da Baviera- filha do Rei Maximilian I s, Rei da Baviera, e sua segunda esposa Caroline de Baden.
* Munique, Munique, 27.01.1805
† Viena, Viena, 28.05.1872
Diante do noivo bobalhão, a forte Sofia reclamou com sua mãe, que respondeu: "O que você quer, foi decidido no Congresso de Viena”.

Casou em 4 de novembro de 1824, na Augustinerkirche, a Igreja de Santo Agostinho, a Igreja dos Habsburgos, como sempre em meio a grande pompa.
Fortemente abalada pela notícia do fuzilamento de seu filho Maximiliano, Imperador do México, em Querétaro, a 19 de junho de 1867, retirou-se da vida pública.
A Arquiduquesa Sofia morreu de pneumonia aos 67 anos de idade.
7-     Maria Ana, Arquiduquesa de Áustria.
* Viena, Viena, 08.06.1804
† Viena, Viena,  28.12.1858
8-     Johannes Nepomuk, Arquiduque de Áustria.
* Viena, Viena, 30.08.1805
† Viena, Viena, 19.02.1809
9-     Amalie, arquiduquesa de Áustria
* Viena, Viena, 06.04.1807
10- † Viena, Viena, 09.04.1807


Francisco I viúvo casou pela terceira vez com:



Maria Ludovika Beatrix von Österreich-Este
*Monza, Provincia di Monza e della Brianza, in Lombardia., 14.12.1787
† Verona, 07.04.1816
Pai: S.R.I o Príncipe Imperial Ferdinand Karl Anton Joseph Johann Stanislaus (Fernando Carlos de Áustria-Este), Arquiduque da Austria, fundador da Casa da Áustria-Este (des Hauses Österreich-Este).
Príncipe Real da Hungria da Boemia, da Toscana, da Croácia, da Eslovênia,
Regente do Ducado de Milão e Herdeiro do Ducado de Modena e Reggio, mas nunca reinou em virtude das guerras napoleônicas. Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro, Cavaleiro da Grande Cruz da Ordem de Santo Estêvão da Hungria.
Duque de Breisgau e Ortenau, senhorio que que pelo Tratado de Pressburg de 1805 cedeu ao novo Grão-Ducado de Baden, Estado que existiu de 1806 até 1918.
Quarto filho varão e décimo quarto rebento de Francisco Imperador Sacro, e de Maria Teresa, a Grande.
Mãe: Maria Beatrice Ricciarda d'Este, Duchessa sovrana di Massa e Principessa di Carrara, décima e última soberano independente desses territórios. Filha de Ercole Rinaldo III d'Este, Duque de Modena e Reggio, Duque de Breisgau e Ortenau de 17 de outubro de 1797 até 14 de outubro de 1803- sucedido pelo genro, ver acima -  e de Maria Teresa Francesca Cybo-Malaspina, Duquesa Soberana do Ducado de Massa e Carrara.
Como sempre um casamento realizado em Viena, nos moldes dos anteriores, no dia 6 de janeiro de 1808, e se tornou “a alma” da resistência anti-francesa na Corte de Viena.
Amiga de seus enteados, os protegeu durante as fugas da Capital que tiveram que empreender com destino na parte húngara do Império, primeiro para Budapeste, e depois para Eger, ao o norte da Hungria. Se tornou grande amiga de Dona Leopoldina, a nossa Leopoldina.
Não conseguiu impedir o casamento de sua enteada Maria Luisa, porem teve grande “ influência sobre o marido para impedir a colaboração muito ativa entre a Áustria e a França”.
Felicíssima com a derrota do “ Ogre Napoleon”, foi de 1814 para 1815, foi a mais perfeita e radiante anfitriã do Congresso de Viena.
Promove a reconciliação do marido com a Casa de Wittelsbach através do apoio incondicional ao casamento de seu enteado Francisco Carlos, Arquiduque de Áustria, com Sofia da Baviera – citados acima.
Lutou e conseguiu que seu irmão Francesco Giuseppe Carlo Ambrogio Stanislao, com o nome de Francesco IV, se tornasse Il Duca di Modena, Reggio e Mirandola, Duca di Massa e Principe di Carrara, mais vassalo de seu marido.
O Casal Imperial empreendeu uma viagem pelo norte da Itália, pelo novo Reino
Lombardo-Vêneto, entretanto a jovem Imperatriz Maria Ludovika estava doente, tuberculosa, e veio a falecer em no Palazzo Canossa de Verona, a capital mundial do amor, terra de Romeu e Julieta, em 07 de abril de 1816, com 28 anos de idade.
Ihre Kaiserliche und Königliche Apostolische Majestät, Maria Ludovika, der Kaiserin von Österreich, Königin von Ungarn, Kroatien und Böhmen está sepultada na Imperial Cripta dos Capuchinhos, em Viena.

Mais, Francisco I era um verdadeiro mutum, um peru selvagem, e propôs casamento a Karoline Charlotte Auguste von Wittelsbach, Prinzessin von Bayern -  24 anos mais nova do que ele, dentro do escopo do ditado “ gado velho, capim novo”.

E Francisco I viúvo casou pela quarta vez com


Portrait

Carolina Augusta da Casa de Wittelsbach – a Família Real da Baviera:
* Mannheim, 08.02.1792
† Viena, Viena, 09.02.1873


Carolina Augusta era filha do primeiro casamento de Maximiliano I José, primeiro Principe- eleitor, depois Rei da Baviera, com Augusta Guilhermina de Hesse-Darmstadt, essa filha de Georg Wilhelm, Príncipe de Hesse-Darmstadt, e de Luise, condessa de Leiningen-Dachsburg-Falkenburg.
Carolina Augusta era irmã de Augusta Amalia Ludovika Georgia que casou com Eugênio de Beauharnais, filho natural de Josefina e adotivo de Napoleão I, portanto tia de Dona Amélia de Leuchtenberg, mulher de Dom Pedro I, Imperatriz do Brasil.
Carolina Augusta era meia – irmã de Sofia da Baviera esposa de Francisco Carlos, Arquiduque de Áustria, o que fez dela sogra de sua meia-irmã.
“ Carolina Augusta casou em Munique, em 8 de junho de 1808, com o Príncipe herdeiro Guilherme de Württemberg, Kronprinzessin von Württemberg, o futuro Guilherme I, o segundo Rei de Württemberg, um casamento arranjado as presas para contrariar a Napoleão.
Ele com 27 anos, ela com 16.
Ao final da cerimonia Príncipe diz à noiva: "Nós somos vítimas da política."
E o casamento não foi consumado (o que deve ter despertado a cobiça libidinosa do velho Francisco I).
 Um consistório protestante declarou invalido o casamento em 31 de agosto 1814, e “ dissolvido pelo Papa Pio VII afim de garantir que ela pudesse casar novamente de acordo com a Igreja Católica.
Em 29 de outubro de 1816 em uma cerimônia simples, muito simples para o tradicional padrão da Família Imperial de Habsburgo, casou com Francisco I, três vezes viúvo.

E em vez de ser chamada de Charlotte, como até então era conhecida, passou a usar o Caroline, não ficando assim nenhum tipo de “ligação” com o matrimonio anterior.
Após a morte de seu marido, em 2 de março de 1835, Caroline Augusta mudou-se para Salzburg.
Em 1848, com a Imperatriz Marie-Anne, e com sua meia-irmã Sofia, agora Arquiduquesa da Austria, incentivou ao parvo Imperador Fernando I a abdicar em seu sobrinho Francisco José, o futuro Francisco Jose I, filho de Sofia.
As três mulheres convenceram, também, ao herdeiro de facto, o Arquiduque Francisco Carlos, marido de Sofia, que era meio idiotizado, a renunciar a seus direitos a Monarquia Habsburgo em favor do filho dele Francisco José, o futuro Francisco Jose I.
Ela manteve boas relações com sua sobrinha Sissi, mulher de Francisco José I e filha de outra meia-irmã, Maria Ludovika, e com sua meia-irmã, a Arquiduquesa Sofia, apesar do ódio desta por sua nora.

 Francisco Jose I, o penúltimo Imperador da Áustria. 

Muito popular na Austria, a Imperatriz-viúva (Kaiserinmutter) Carolina Augusta morreu um dia depois de completar 81 anos. Está sepultada ao lado do marido e suas três primeiras esposas na Imperial Cripta dos Capuchinhos.
E assim se conata a história da Ihre Kaiserliche und Königliche Apostolische Majestät, Karoline Auguste, der Kaiserin-Mutter von Österreich, Königin-Witwe von Ungarn und Böhmen

E, também, se conta a História do pai de Dona Leopoldina de Habsburgo, avô de Dona Maria II de Portugal, Francis, Franz ou Francisco:

Franz II, Kaiser des heiligen römischen Reiches
König in Germanien
1792–1806
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Franz I, Kaiser von Österreich
1804–1835