segunda-feira, 21 de março de 2016
A Família Paterna de Dona Maria II - A Casa de Braganças & La Casa de Borbón
A Família
Paterna de Dona Maria II
Dinastia Bragnça:
Livro
Velho de Linhagens refere os Sousãos, os Bragançãos, os Maias, os Baiões e os
de Riba Douro como as cinco principais famílias da nobreza portuguesa e revela
a sua remota origem: "dom Alan, que foi clerigo filho d' algo e filhou a
filha do rei da Arménia (...) e fege nela dous filhos donde vieram as linhagens
dos Bragançãos".
Armas da Sereníssima casa de Bragança:
Escudo de prata, uma aspa de vermelho
brocante, carregada de cinco escudetes com as quinas de Portugal.
A
poderosa família dos "de Bragança", senhores de uma grande parte das
terras de Trás-os-Montes e Alto-Douro, decaíu com o evoluir dos tempos e no
século XIII acaba por praticamente desaparecer, diluindo-se na plebe, o que
torna praticamente impossível hoje em dia assegurar se as pessoas que usam este
apelido derivam dos antigos Bragançãos.
Armas
da Casa de Bragança, após 1581.
Por
seu turno, os descendentes do 1º duque de Bragança, D. Afonso, filho natural
legitimado do rei D. João I, não usaram durante séculos qualquer apelido, como
era uso entre nas famílias reais, e quando o fizeram, acrescentaram normalmente
o sobrenome "de Portugal", como é o caso dos condes de Vimioso ou dos
ramos que passaram a Espanha, ou utilizaram apelidos que lhes vinham por via
feminina, como os Álvares Pereira de Melo, duques de Cadaval. Só muito
tardiamente (séc. XVII) passaram a acrescentar de Bragança ao seu nome próprio.
É,
assim, provável que os actuais Bragança que não descendem da Casa Real
Portuguesa tenham retirado o apelido da própria cidade que os viu nascer,
prática aliás muito corrente em Portugal, como os Guimarães, Coimbra, Lisboa,
etc.
Na
região de Chaves e Montalegre o apelido é usado pelos descendentes da Família
Teixeira de Bragança desde os meados do séc.XVII, por Fidelidade à Casa de
Bragança durante a ocupação Filipina. A esta família foi concedida uma Carta de
Brasão de Armas em 1725.
Armas
Dos Bragançãos: de ouro, cinco escudetes -
por crescentes - de vermelho postos em aspa. Timbre: não se conhece nem é
natural que na época em que a linhagem floresceu se usasse essa peça.
Dos Duques de Bragança: De prata, uma aspa de
vermelho, carregada de cinco escudetes de Portugal, com um filete negro posto
em barra. Timbre: um pescoço e cabeça de cavalo de vermelho, bridado de ouro.
O ramo da Casa de Bragança que subiu ao trono
em 1640 passou naturalmente a usar as armas de Portugal, pleno
Títulos Morgados e Senhorios
Condes de Barcelos
Condes de Cantanhede
Condes de Cavaleiros
Condes de Miranda do Corvo
Condes de Neiva
Duques de Barcelos
Duques de Beja
Duques de Bragança
Duques de Lafões
Duques de Miranda do Corvo
Duques do Porto
Duquesas de Ceará
Marqueses de Arronches
Marqueses de Marialva
Marqueses de Montemor-o-Novo
Princesas de Orleans e Bragança
Princesas do Brasil
Príncipes da Beira
Príncipes de Orleans e Bragança
Senhores da Casa de Sousa
Senhores de Vila do Conde
Ordens
Grã-cruzes da Ordem da Torre e Espada
Grã-cruzes da Ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Vila Viçosa
Cargos e Profissões
Arcebispos de Braga
Arcebispos de Évora
Condestáveis de Portugal
Escritores
Mordomos-mores
Priores da Colegiada de Guimarães
Sócios do Clube Tauromáquico-II
Fontes
A Descendência Portuguesa de El-Rei D. João
II - vol. I - pg. 378
A Descendência Portuguesa de El-Rei D. João
II - vol. I - pg. 381
Linhagens Medievais Portuguesas - 3 vols-vol.
1-pg. 227-232
O acima foi colhido no
A Casa de Bragança,
oficialmente titulada como a Sereníssima Casa de Bragança, um Ramo da Casa de
Avis, que reinou em Portugal de 1385 a 1580. Por via da Casa de Avis, vem a ser
descendente da Casa de Borgonha (também chamada Dinastia Afonsina), e, por via
da última, também descendente da Dinastia Capetiana, ou Capetos de França.
A Casa de Bragança foi
organizada por El Rey Dom João I de Portugal e pelo Condestável Nuno Álvares
Pereira, para assim casarem seus filhos Dom Afonso e Dona Beatriz, uma das
mulheres mais ricas da Europa.
Dom Afonso, o
primeiro Duque de Bragança
Dom Afonso, nascido em 10 de
agosto de 1377 e falecido em Chaves, 15 de dezembro de 1461, com 84 anos, era filho
natural de Dom João I, décimo Rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis,
cognominado O de Boa Memória, com Inês Pires, filha de Pedro Esteves da Fonte
Boa, o Barbadão, e de Maria Anes, que conheceu o futuro monarca português, na
época Mestre Ordem de Avis, ambos ainda adolescentes e solteiros, no Castelo de
Veiros, Estremoz, Alentejo.
Chamo atenção que Dona Inês
Pires é, também, uma ancestral direto de Isabel I, Rainha de Castela, a
Católica. Seu filho Alfonso era o pai de Isabel de Barcelos, que era a mãe de
Isabella de Portugal, Rainha de Castela, e mãe da Rainha Isabel a primeira
citada.
Dona Beatriz Pereira de Alvim,
nascida por volta de1380 e falecida em Chaves por volta de 1412, era filha
única de São Nuno de Santa Maria, ou seja, de Dom Nuno Álvares Pereira, ou
simplesmente Nun' Álvares, nascido em Crato, no Paço do Bonjardim ou Flor da
Rosa, em 24.06.1360 e falecido em Lisboa, no Convento do Carmo, 01.11.1431, 2º
Condestável de Portugal, 38.º Mordomo-Mor do Reino, 7.º conde de Barcelos, 3.º
conde de Ourém e 2.º conde de Arraiolos, e de Leonor de Alvim, nobre do Entre
Douro e Minho, filha de João Pires de Alvim e de Dona Branca Pires Coelho,
herdeira de seu pai pela inexistência de filhos varões.
O casamento de Dom Afonso com
Dona Beatriz se realizou em Frielas, que hoje, junto com Santo António dos Cavaleiros,
“ faz parte da nova União das Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e
Frielas, no um Paço, de que hoje existem apenas as ruínas, em novembro de 1401,
e desta União nasceram:
1- Afonso
de Portugal, depois Afonso de Bragança, o primeiro a usar o “de Portugal”,
nasceu em Lisboa em 1400, e faleceu na Vila de Tomar, em 9 de agosto de 1460,
4º conde de Ourém e 1º marquês de Valença (mercê de Afonso V) que faleceu ainda
em vida de seu pai em 1460, portanto não chegou a ser Duque de Bragança;
2- Fernando
de Portugal, depois Fernando I de Bragança, nascido em 1403 e falecido em Vila
Viçosa, 1 de abril de 1478) foi 2.º Duque de Bragança, 1.º Marquês de Vila
Viçosa, 9.º Conde de Barcelos, 5.º Conde de Ourém, 3.º Conde de Arraiolos e 3.º
Conde de Neiva, Fronteiro-mor do Reino, tendo ainda sido feito Marquês de Vila
Viçosa por Afonso V, Governador de Ceuta;
3- Dona
Isabel de Bragança e Pereira, ou Dona Isabel de Bragança, também conhecida como
Isabel de Barcelos, nascida em Barcelos, hoje no Distrito de Braga, região do
Norte e sub-região do Cávado, em outubro de 1402, e falecida em Arévalo, Espanha
na província de Ávila, hoje Comunidade autónoma de Castela e Leão, em 26 de
outubro de 1465.
Casou com
Dom João de Portugal, Infante de Portugal, 3.º Condestável de Portugal, 10.º
Mestre da Ordem de Santiago, 1.º Senhor de Reguengos, Colares e Belas, filho de
Dom João I, cognominado O de Boa Memória, e de sua mulher, a Rainha Filipa de
Lencastre, Princesa inglesa da Casa de Lencastre, filha de João de Gante, 1.º
Duque de Lencastre, com sua mulher Branca de Lencastre.
Fernando de Portugal, o 2º
Duque de Bragança, etc, casou em 1429 com Dona Joana de Castro, (c. 1410 - 1479), 3ª
Senhora de Cadaval e Peral, filha herdeira de Dom João de Castro, 2º Senhor de
Cadaval e Peral, e de sua mulher Leonor de Acuña y Girón. Foram pais de nove
filhos:
1- Dom
Fernando II, o 3.º Duque de Bragança;
2- Dom
João, Marquês de Montemor-o-Novo, sem geração;
3- Dom
Afonso, Conde de Faro e de Odemira, um dos vinte e sete primeiros a receber a
Ordem da Torre e Espada, nessa altura ainda só Ordem da Espada. Casou com Dona
Maria de Noronha, e deles descendem os Condes de Faro, os Condes de Odemira e
os Condes de Vimieiro;
4- Dom
Álvaro de Portugal, depois Álvaro de Bragança, por vezes Álvaro de Castro, 4º
Senhor de Cadaval e Peral, 1º Senhor de Tentúgal, Póvoa e Buarcos, 5º Senhor de
Ferreira de Aves jure uxoris, 4º Senhor de Arega jure uxoris e 2º Senhor da
Quinta de Água de Peixes jure uxoris (c.1440-1504). Casou m Évora em 1479 com
Filipa de Melo (1460-1516), 5ª Senhora de Ferreira de Aves, 4ª Senhora de Arega
e 2ª Senhora da Quinta de Água de Peixes, filha (e rica herdeira) de Rodrigo
Afonso de Melo, Conde de Olivença, e de sua mulher Isabel de Meneses. De Dom
Alvaro e Dona Filipa descendem a Casa de Cadaval (em Portugal) e os Condes de
Gelves (em Espanha);
5- Dom
António, morto na infância;
6- Dona
Isabel, morta na infância;
7- Dona
Beatriz, Marquesa consorte de Vila Real. Casou com Dom Pedro de Meneses, 1.º
Marquês de Vila Real, 3.º Conde de Vila Real e 7.º Conde de Ourém, Governador
de Ceuta, filho de Fernando de Noronha, neto por bastardia de Henrique II, Rei
de Castela, e de Dom Fernando I, Rei de Portugal. Sendo a mãe de Dom Pedro de
Meneses foi Dona Brites de Meneses, 2.ª condessa de Vila Real, filha de Pedro
de Meneses, 1.º Conde de Vila Real, com Margarida de Miranda.
8- Dona
Guiomar de Bragança, Condessa de Viana (do Alentejo), Condessa de Viana (da Foz
do Lima), Condessa de Valença e Condessa de Loulé. Casou com Dom Henrique de
Menezes, 4º Conde de Viana do Alentejo, 3º Conde de Viana da Foz do Lima, 1.º Conde
de Valença (título outorgado por carta de D. Afonso V, datada 20 de julho de
1464), 1º Conde de Loulé – “ 1.º Conde de Valença e Senhor das vilas de Caminha
e Cerveira, património que, em 1471, acabou por trocar com a Coroa pelo condado
de Loulé de que foi, de juro e herdade, o 1.º titular”, Capitão de Arzila ( cidade
do noroeste de Marrocos), de Alcácer-Ceguer ( vila costeira do norte de
Marrocos), Alferes-Mór, na sucessão de seu pai,
9- Dona
Catarina, morta na infância.
Dom Fernando II, o 3.º Duque
de Bragança. Foi executado em Évora, em 20 de junho de 1483, com 53 anos, por
ordem de João II, o décimo-terceiro Rei de Portugal, cognominado O Príncipe
Perfeito pela forma como exerceu o poder.
Casou com Dona Leonor de
Meneses, mas não tiveram filho.
Viúvo, casou com Dona Isabel
de Viseu, filha de Fernando de Portugal, Duque de Viseu, 2º Duque de Viseu e 1º
Duque de Beja, e de Dona Beatriz de Portugal, filha de Dom João, Infante de
Portugal, já citado, e de Dona Isabel de Bragança, filha dos 1º Duques de
Bragança.
Foram pais de:
Dom Filipe, que morreu ainda
criança
Dom Jaime, que foi 4.º Duque
de Bragança
Dom Diniz de Portugal, que
nasceu em1481, e faleceu em Ourense, em Orense, 09.05.1516. Conde jure uxoris
de Lemos, pois casou com Dona Beatriz de Castro Osório, 6ª Condessa de Lemos, *
c. 1485 - † Valladolid, 11.11.1570.
Conde de Lemos é
título galego, ligado à cidade galega de Monforte de Lemos. No começo, o
condado de Lemos era ligado à Trastâmara e Sarria, e tinha caráter não
hereditário. O Condado de Lemos como título autônomo, hereditário e perpétuo começou
com Pedro Álvarez Osorio que morreu em 19 de fevereiro de 1483, e foi nobre
importante do reino da Galiza durante o século XV. “ O título de Conde de Lemos
adquiriu caráter hereditário por carta real de Henrique IV de Castela, em
Sevilha em 26 de junho de 1456 e dirigida à Casa de Lemos”.
Dona Margarida, morreu
criança.
Coroa
Ducal
Assim foram Duques
de Bragança:
Nome
|
Nascimento e morte
|
Início e Fim da
Titularidade
|
Notas
|
|
Nasceu em 1479
Vila Viçosa, Portugal
Morreu em 20 de setembro de 1532, com 53 anos, em
Vila Viçosa, Portugal
|
Príncipe herdeiro de Portugal
(a título provisório)
1498
|
|||
Nasceu em
1505
Morreu em
22 de dezembro de 1563 (53 anos)
Vila Viçosa, Portugal
|
20
de setembro de 1532
22
de setembro de 1563
|
.
|
||
Dom
João I
|
Nasceu em 1543
e
Morreu em
22 de fevereiro de 1583
em
Vila Viçosa, Portugal
|
22 de setembro de 1563
22 de fevereiro de 1583
|
Casou com Dona Catarina, Infanta de Portugal,
Uma das candidatas ao trono de Portugal, em virtude de ser neta por
varonia do Rei D. Manuel I.
|
|
Nasceu em 28 de Abril de 1568
e
Morreu em 29 de Novembro de 1630
Em
Vila Viçosa, Portugal
|
22 de fevereiro de 1583
29 de Novembro de 1630
|
Presente na batalha de Alcácer-Quibir com apenas 10 anos de idade.
|
||
Dom
João II
|
Nasceu em Vila Viçosa 19 de março de 1604
e morreu em Lisboa, 6 de novembro de 1656
|
29 de Novembro de 1630 27 de
Outubro de 1645
|
Cognominado “ O Restaurador”.
Aclamado rei de Portugal a 1 de Dezembro 1640 como D. João IV
(Restauração da Independência). Abdica do ducado a favor do filho. O título
passa a ser dado ao herdeiro do Reino de Portugal
|
|
Sua Alteza, O Sereníssimo
Duque de Bragança Dom João II com sua ascenção ao Trono de Portugal e dos
Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista,
Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc., elevou sua Casa,
a Casa Ducal de Bragança, a condição de
Casa Real de Bragança, a quarta Dinastia a reinar no belo Portugal e
domínios.
Hoje a Família Real Portuguesa
é a Sereníssima Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gota, ou Dinastia de
Bragança-Wettin.
Aclamação de João IV de Portugal,
por Veloso Salgado
Museu Militar de Lisboa.
Seu descendente, Dom Pedro de
Alcântara, ao ser Aclamado pela Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos,
Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil a elevou a condição de
Casa Imperial de Bragança.
Hoje a Família Imperial do
Brasil é a Casa de Orleans e Bragança.
El Rey
D. João IV abdica ao Ducado de Bragança na pessoa de Dom Teodósio
de Bragança, nascido no Paço de Vila Viçosa em 08.02.1634, falecido em Lisboa
15.05.1653, com 19 anos, seu primogénito e da Rainha Dona Luísa de Gusmão, que
se torna assim Teodósio III, o 9.º Duque de Bragança, e Príncipe Herdeiro de
Portugal
Daí por diante o Título de
Duque de Bragança foi atribuído ao Herdeiro Presuntivo da Coroa Portuguesa e
Domínios, a saber:
Dom Afonso VI, Rei de Portugal
e Domínios.
Dom João V, Rei de Portugal e
Domínios.
Dom José I, Rei de Portugal e
Domínios.
Dona Maria I, Rainha de
Portugal e Domínios.
Dom José de Bragança, Príncipe
do Brasil
Dom João VI, Rei de Portugal e
Domínios.
D. Pedro I & IV, Imperador
do Brasil & Rei de Portugal e Domínios, que o usou depois de abdicar as
Coroas Portuguesa e Brasileira, até a sua morte no Palácio Real de Queluz, Portugal,
em 24.09.1834.
Dona Maria II, Rainha de
Portugal e Domínios.
Dom D. Pedro V, Rei de
Portugal e Domínios.
Dom Carlos I, Rei de Portugal
e Domínios.
Dom Luis Filipe de Bragança, Príncipe
Real de Portugal e Domínios.
O Pretendente ao Trono Dom
Miguel Maria Carlos Egídio Constantino Gabriel Rafael Gonzaga Francisco de
Paula e de Assis Januário de Bragança, filho de D. Miguel I, Rei de Portugal, e
de Adelaide, Princesa de Löwenstein-Wertheim-Rochefort.
O Pretendente ao Trono Dom
Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo
António de Bragança, filho do precedente com Maria Theresia, princesa de
Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.
O Pretendente ao Trono Dom
Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança, filho do precedente com Dona
Maria Francisca Amélia Luisa Vitória Teresa Isabel, Princesa de Orleans e
Bragança, Princesa do Brasil, neta de Dona Isabel, a última Princesa Imperial
do Brasil.
Donde concluímos que o avô
paterno de Dona Maria II, o senhor Dom João VI, era descendente direto da
Dinastia Real de Bragança.
Isso posto vamos a avó patena
de Dona Maria II:
Doña Carlota Joaquina Teresa
Cayetana de Borbón y Borbón, Infanta de España, futura Rainha consorte de
Portugal e Império Colonial e Imperatriz Titular do Brasil.
“Dona Leopoldina,
uma de suas noras, que casou com Dom Pedro I, Imperador do Brasil, quando a viu
pela primeira vez, achou-a tão feia que "baixou os olhos como não querendo
voltar a vê-la; as marcas da varíola, o corte de cabelo, cordões e mais cordões
de pérolas e pedras preciosas enroladas em seus cabelos, pendendo de seus
cachos gordurosos como cobras".”
Assim, para o estabelecimento
de facto da família dinástica paterna de Dona Maria II devemos citar o Bourbons
de Espanha, os Borbóns, de Dona Carlota Joaquina, sua avó paterna.
Bourbons em França.
Os Capetos de França, iniciada por Hugo Capeto (Hugues
Capet), Duque dos francos (960-987) e Rei dos francos (987-996).
Fundador do Ramo de Bourbon da Dinastia do Capetos foi Robert, Conde de
Clermont-en-Beauvais, de Saint-Just e Creil, Camareiro de França, Sire (senhor)
jure uxoris de Bourbon por seu casamento Beatrice de Borgonha, ou Beatrix de
Bourbon, Dame (senhora) de Bourbon, Condessa de Charolês, filha de João de Borgonha,
Conde de Charolês, Sire jure uxoris de Bourbon, e de Agnès, Dame (senhora) por direito
próprio de Bourbon,
Robert era o sexto e último filho de São Luis, o Cruzado - Rei de
França, um Capeto Direto (Capétiens directs reinaram com e Hugo Capeto em 987
até Carlos, IV, Carlos, o belo, em 1328), e Marguerite de Provence, nascido por
volta de nascido em 1256, e falecido em 7 de fevereiro de 1317.
A expressão latina JURE UXORIS quer dizer “Por Direito de Mulher”, ou
"o direito das mulheres".
Robert,
Sire de Bourbon, é o grande ancestral masculino de Henrique IV, Rei de França e
de Navarra,o ascendente genealogicamente mais VIP da família de Bourbons e de
seus Ramos, a saber:
Os primeiro Bourbon que reinou em França foi Henrique IV, que nasceu em
13 de dezembro de 1553 no Reino de Navarra, e foi assassinado em Paris em 14 de
maio de 1610, e o último foi Luís Filipe I, Rei dos Franceses, que reinou sobre
a França de 9 de agosto de 1830 até 24 de fevereiro de 1848.
Felipe V
Os Capetos de França, iniciada por Hugo Capeto (Hugues
Capet), Duque dos francos (960-987) e Rei dos francos (987-996).
Fundador do Ramo de Bourbon da Dinastia do Capetos foi Robert, Conde de
Clermont-en-Beauvais, de Saint-Just e Creil, Camareiro de França, Sire (senhor)
jure uxoris de Bourbon por seu casamento Beatrice de Borgonha, ou Beatrix de
Bourbon, Dame (senhora) de Bourbon, Condessa de Charolês, filha de João de Borgonha,
Conde de Charolês, Sire jure uxoris de Bourbon, e de Agnès, Dame (senhora) por direito
próprio de Bourbon,
Robert era o sexto e último filho de São Luis, o Cruzado - Rei de
França, um Capeto Direto (Capétiens directs reinaram com e Hugo Capeto em 987
até Carlos, IV, Carlos, o belo, em 1328), e Marguerite de Provence, nascido por
volta de nascido em 1256, e falecido em 7 de fevereiro de 1317.
A expressão latina JURE UXORIS quer dizer “Por Direito de Mulher”, ou
"o direito das mulheres".
Robert,
Sire de Bourbon, é o grande ancestral masculino de Henrique IV, Rei de França e
de Navarra, o ascendente genealogicamente mais VIP da família de Bourbons e de
seus Ramos, a saber:
Os primeiro Bourbon que reinou em França foi Henrique IV, que nasceu em
13 de dezembro de 1553 no Reino de Navarra, e foi assassinado em Paris em 14 de
maio de 1610, e o último foi Luís Filipe I, Rei dos Franceses, que reinou sobre
a França de 9 de agosto de 1830 até 24 de fevereiro de 1848.
Do núcleo familiar de Henrique IV, surgiram pessoas que portaram entre
outros Títulos os de:
Reis da França
Reis de Navarra
Reis da Espanha
Reis das Duas Sicílias
Reis de Portugal
Imperadores do Brasil
Reis consorte
Rainhas consorte
Príncipes consorte
Princesas consorte
Dauphin – Delfins de França
Monsieur (Ancien Régime) - Messieurs (contraction de
mes et seigneur)
Madames
Mademoiselles
Infantes de Espanha
Infantes de Portugal
Príncipes de Condé
Príncipes de Conti
Príncipes
Rajás de Shergar
Grão-Duques do Luxemburgo
Duques de Orléans
Duques de Bourbon
Duques de Parma
Duques de Lucca
Duque de Angoulême
Duques de Vendôme
Duques de Bourbon
Duques de Alençon
Duques de Berry
Duque de Angoulême
Duques de Bourbon
Duques de Anjou
Condes de Artois
Condes de Provence
Condes de La Marche
Conde de Bourbon-Busset
ETC...
Na Itália eram:
Borbone, Família Real de Parma e das Duas Sicilias, também, chamados de
Borbone di Napoli, e constituíam as Monarquias extintas com a unificação da Itália,
em Reino da Italia, em 1861
Na Espanha eram:
La Casa de Borbón, ou Borbón. Os
reinados ocorreram a partir de 1700 até 1808, de 1813 até 1868 (Primeira República),
de 1875 até 1931 - Segunda República - incluindo a ditadura de Primo de Rivera (1923
-1930), e Era de Francisco Franco, ou era de Franco, la gloriosa era de Franco (1939-1975),
e de 1975 até o presente.
O primeiro Rei Bourbon da Espanha era Felipe, Duque de Anjou, que
assumiu o trono da Espanha, como Felipe V, filho de Luis de França, o Dauphin, e Maria Anna da Baviera . Portanto, ele era um
neto de Louis XIV da França e sua esposa Maria Teresa da Áustria, filha de
Filipe IV, Rei de Espanha.
Reyes de España:
Felipe V, rey de
España – nascido Duque d’Anjou - duc d'Anjou em France.
* Versailles, 19.12.1683
† Madrid, 09.07.1746
Filipe era o neto do rei Luís XIV, Rei de França e de
Navarra, o Rei Sol. Seu Pai era Luís, Delfim da França, que reivindicava o
trono espanhol quando este ficou vago em 1700 com a morte do Rei Carlos II por
ser ele filho de Maria Teresa de Áustria, uma Infanta de Espanha e irmã do Rei
espanhol falecido.
Por motivos de sucessão dinástica em França e na Navarra,
foi o escolhido para reinar cálida y soleada España y su Indias.
Luis I, rey de
España
* Madrid, Madrid, 25.08.1707
† Madrid, Madrid, 31.08.1724
Fernando VI, rey
de España
* Madrid, 23.09.1713
† Villaviciosa, 10.08.1759
Carlos III, rey de
España
* Madrid, Madrid, 20.01.1716
† Madrid, Madrid, 14.12.1788
Carlos IV, rey de
España
* Portici, 11.11.1748
† Nápoles, 19.01.1819
Fernando VII, rey
de España
* Segovia, San Ildefonso, 13.10.1784
† Madrid, Madrid, 29.09.1833
Isabel II, reina
de España
* Madrid, Madrid, 10.10.1830
† Ile de France, Paris, 09.04.1904
Alfonso XII, rey de España
* Madrid, Madrid, 28.11.1857
† El Pardo, 25.11.1885
Alfonso XIII, rey
de España
* Madrid, Madrid, 17.05.1886
† Roma, Roma, 28.02.1941
Juan Carlos I, rey
de España
* Roma, Roma, 05.01.1938
Rei da Espanha a partir do 22 de novembro de 1975 a 19 de
junho de 2014, data de sua abdicação em seu filho Felipe VI. Vale ad vitam (Vale
para a vida) a dignidade de Rei, mas não exerce funções de protocolo
constitucionais, e considerado apenas mais apenas como um membro da família
real.
Felipe VI, rey de
España, también puede utilizar el título de Rey Católico
* Madrid, Madrid, 30.01.1968
Rey de España.
Rey de Castilla, de León, de Aragón, de las Dos
Sicilias,nota 3 de Jerusalén, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valencia,
de Galicia, de Mallorca, de Sevilla, de Cerdeña, de Córdoba, de Córcega, de
Murcia, de Jaén, de los Algarves, de Algeciras, de Gibraltar, de las Islas
Canarias, de las Indias Orientales y Occidentales, y de las Islas y Tierra
Firme del Mar Océano.nota 4
Archiduque de Austria.
Duque de Borgoña y de Brabante, de Milán, de Atenas y de
Neopatria.
Marqués de Oristano.
Conde de Habsburgo, de Flandes, del Tirol, de Barcelona,
del Rosellón, de la Cerdaña y del Gocíano.
Señor de Vizcaya y de Molina.
Capitán general de las Reales Fuerzas Armadas y su
comandante supremo.
Gran maestre de la Orden del Toisón de Oro.nota 6
Gran maestre de la Orden de Carlos III.nota 7
Gran maestre de la Orden de Isabel la Católica.nota 8
Gran maestre de la Orden de las Damas Nobles de María
Luisa.nota 9
Gran maestre de la Orden de Alfonso X el Sabio.nota 10
Gran maestre de la Orden de San Raimundo de Peñafort.nota
11
Gran maestre de la Orden de Cisneros.nota 12
Gran maestre de las órdenes militares de Montesa, Alcántara,
Calatrava y Santiago, así como de otras órdenes militares menores o
condecoraciones de España.
Hermano mayor honorario de la Real Cofradía del Santo
Sepulcro y de la Soledad de Villarrobledo.
Condecoraciones españolas:
Caballero de la Orden del Toisón de Oro.
Caballero del collar de la Orden de Carlos III.
Caballero gran cruz de la Orden de San Hermenegildo.
Gran cruz al Mérito Militar con Distintivo Blanco.
Gran cruz al Mérito Naval con Distintivo Blanco.
Gran cruz al Mérito Aeronáutico con Distintivo Blanco.
Cruz de Oro al Mérito de la Guardia Civil.
Comendador mayor de Castilla en la Orden de Santiago.
Ordens portuguesas:
Caballero gran cruz de la Orden de Avis.
Caballero gran cruz de la Orden de Cristo.
Escudo de armas de Carlos III de España con Toisón y
la orden de Carlos III
Dona Carlota
Doña Carlota Joaquina de
Borbón, Infanta de España, nascida no Palácio Real de Aranjuez, no Real Sítio e
Vila de Aranjuez, hoje na Comunidade de Madrid, em 25.04.1775, e falecida no
Palácio de Queluz em 07.01.1830, filha de Carlos IV, Rei de Espanha e Índias e
de Donna Maria Luisa di Borbone, Principessa di Parma, Rainha consorte de
Espanha e Índias.
Dona Carlota era uma Borbón,
Família Real espanhola, e Borbone, Família real de Parma e das Duas Sicilias
(também chamados de Borbone di Napoli), ambos reinos independentes antes da
Unificação da Itália.
Mais o que importa é que ambos
são Ramos da Maison Capétienne de Bourbon, e esta é um Ramo da Dinastia Capetiana,
da Dinastia dos Capetos de França, iniciada por Hugo Capeto ( Hugues Capet) , Duque
dos francos (960-987) e Rei dos francos (987-996).
Donna Maria Luisa di Borbone,
Principessa di Parma, Rainha consorte de Espanha e Índias, era filha de Luísa
Isabel de Bourbon, Princesa de França, que por sua vez era filha de Luis XV,
Rei de França e de Navarra, e de sua esposa, a Rainha Maria Leszczynska,
nascida Princesa da Polónia.
A família de
Carlos IV
por
Francisco de Goya.
O pai de Maria Luisa era
Filipe I, Duque de Parma, era por sua vez filho de Filipe V, Rei de Espanha, e
este era neto de Luis XIV, Rei de França e de Navarra.
Carlos IV, o pai de Dona
Carlota, era filho de Carlos III, Rei de Espanha, que por sua vez era filho de Filipe
V, Rei de Espanha, e este era neto de Luis XIV, Rei de França e de Navarra.
Portanto temos os membros da
Maison Capétienne de Bourbon por todos os lados.
Detalhe: Carlos IV era primo
de sua esposa Maria Luisa, tutto tutto buona gente.
Os filhos eram além de feiosos,
détraqués, perturbados, sexualmente muito ativos (como bons Bourbons que eram),
ou seja, uma prole que deu errado, mas vamos a ela, a prole:
1.
Carlos Clemente de Espanha (19 de Setembro de 1771 - 7 de
Março de 1774), morreu aos dois anos de idade.
2.
Carlota Joaquina de
Espanha (25 de Abril de 1775 – 7 de Janeiro de 1830), casada com o rei D. João VI de
Portugal; com descendência.
3.
Maria Luísa de Espanha (11 de de Setembro de 1777 - 2 de Julho
de 1782), morreu aos quatro anos de idade.
4.
Maria Amália de
Espanha (9 de Janeiro de 1779 – 22 de Julho de 1798), casada com o seu
tio, o infante António Pascoal de
Espanha; sem descendência.
5.
Carlos Domingo de Espanha (5 de Março de 1780 - 11 de Junho de
1783), morreu aos três anos de idade.
6.
Maria Luísa de
Espanha (6 de Julho de 1782 – 13 de Março de 1824), casada com Luís de Bourbon-Parma, duque de Parma e rei
da Etrúria; com descendência.
7.
Carlos Francisco de Espanha (5 de Setembro de 1783 - 11 de
Novembro de 1784), morreu aos catorze meses de idade.
8.
Filipe Francisco de Espanha (5 de Setembro de 1783 - 18 de
Outubro de 1784), morreu aos treze meses de idade.
9.
Fernando VII de
Espanha (14 de Outubro de 1784 – 29 de Setembro de 1833), rei de
Espanha entre Março e Maio de 1808 e, depois, entre 1813 e 1833.
10.
Carlos Maria de
Espanha (29 de de Março de 1788 – 10 de Março de 1855), conde de
Molina, fundador do Carlismo e pretendente ao trono
de Espanha. Foi casado duas vezes, primeiro com a infanta Maria Francisca de
Assis de Bragança, com quem teve três filhos, e depois com a infanta Maria Teresa de
Bragança, de quem não teve descendentes.
11.
Maria Isabel de
Espanha (6 de Julho de 1789 – 13 de Setembro de 1848). Casada com o
seu primo, o rei Francisco I das Duas
Sicílias; com descendência. Casada depois com Francesco del Balzo; sem
descendência.
12.
Maria Teresa de Espanha (16 de Fevereiro de 1791 - 2 de
Novembro de 1794), morreu de varíola aos três anos de idade.
13.
Filipe Maria de Espanha (28 de Março de 1792 - 1 de Março de
1794).
14.
Francisco de Paula de
Espanha (10 de Março de 1794 – 13 de Agosto de 1865). Casado com a sua
sobrinha, Luísa Carlota das Duas
Sícilias, filha da sua irmã, Maria Isabel de
Espanha e do rei Francisco I das Duas
Sicílias. O seu primogénito, Francisco, Duque de
Cádis, casou-se com a rainha Isabel II de Espanha.
Uma família repinica, pois não?
Com um detalhe, a Rainha Maria Luisa, uma mulher intrigante , e para
muitos uma depravada, o que realmente
era, foi durante anos amante de Dom Manuel de Godoy y Alvarez de Faria Rios
Sanchez Zarzosa, Príncipe da Paz, Duque de la Alcudia, Duque de Sueca,
Marques de la Alcudia, Conde de Évora-Monte, Grande de Espanha, um tremendo de
um traíra, que na hora da morte da Rainha de Espanha, exilada no Palazzo
Barberini, um palácio em Roma, então capital dos Estados Papais, em 02 de
janeiro de 1819 (com idade 67), estava ao seu lado, pois Carlos IV estava
longe, em Nápoles a convite de seu irmão, Ferdinando I, Re delle Due Sicilie, o
Rei das Duas Sicilias.
Manuel de Godoy y Alvarez de Faria, Príncipe de la Paz, * Badajoz,
Badajoz, 12.05.1767 - † Ile de France, Paris, 04.10.1851, casou em:
1-
Madrid,
Madrid, 02.10.1797, com Teresa Carolina de Borbón y Vallabriga, XV Condesa de
Chinchón, I Marquesa de Boadilla del Monte y Dama de la Orden de María Luisa, *
06.03.1779, e foram pais de:
Carlota Luisa Manuela de Godoy y Borbon, 2ª
duquesa de Sueca * 07.10.1800 que casou com Camillo Ruspoli von
Khevenhüller-Mestch, Príncipe Ruspoli no Reino de Italia.
2-
Roma,
07.01.1829, com Josefa Petra
Francisca de Paula Tudó y Catalán, Alemany y Luesia, sua amante durante anos
apelidada Pepita Tudó, “ por derecho propio I condesa de Castillo Fiel, y I
vizcondesa de Rocafuerte”, e feita Princesa de Bassano, Duquesa de la Alcudia,
Duquesa de Sueca, Baronesa de Mascalbó, Grande de España, y Condesa de
Évoramonte, Dama de la Orden de las Damas Nobles de la Reina María Luisa, *
19.05.1779, e foram pais de:
a-
Manuel
Luis de Godoy y Tudó, Principe de Godoy e de Bassano, 2º Conde de Castillo
Fiel, * 1805 - † Madrid, 24.08.1871;
b-
Luis de
Godoy y Tudo † 1818
Vemos bem aquém Dona Carlota
Joaquina puxava em tudo por tudo, ou seja, a Maria Luisa, sua mãe, uma mulher
muito ativa sexualmente, uma mulher
intrigante, e para muitos uma depravada, o que realmente era.
Dona Carlota era uma ‘vassourinha’, chegando a ir trabalhar
sexualmente, mas incógnita, em um prostibulo afim de ter relações com marujos
estrangeiros que no Rio de Janeiro aportavam, e “uma pequena fortuna foi dada
ao senhor Ambrósio Carreteiro, que assim mandou preparar e ornamentar um quarto
para a desconhecida dama da noite”, e que “ para surpresa de Carlota, os
batavos eram mestres no amor, e fizeram a rainha reconhecer que a sorte tinha
lhe ajudado” - http://conexaopenedo.com.br/2013/08/artigo-carlota-jaoquina-a-rainha-que-escandalizou-a-capital-do-imperio/
Dona Carlota nomeou “ um garanhão conhecido como rei dos cortiços para
a sua guarda pessoal, que assim passou a viver seus momentos sonhados com o
homem que havia desejado há bastante tempo” - http://conexaopenedo.com.br/2013/08/artigo-carlota-jaoquina-a-rainha-que-escandalizou-a-capital-do-imperio/
“ Outra vez, ela se apaixonou por um homem mulato que se destacava na cidade
por ter uma grande fortuna e que era filho bastardo de um homem branco muito
rico. Suas primeiras investidas foram infrutíferas já que Fernando era casado,
e muito bem casado. Mas em se tratando de Carlota Joaquina isso não era coisa
para que ela desistisse do seu intento. Tanto fez que conseguiu levar Fernando
Carneiro Leão para a cama, e assim, sucessivamente. Apaixonada e admirada com
habilidade sexual de Fernando, ela decidiu ficar com definitivamente. Sabendo
da nova aventura de Carlota, Dom João prontamente nomeou Fernando para a
presidência do Banco do Brasil, fazendo com que ele, em reconhecimento,
deixasse Carlota. Não sabendo o porquê da frieza de Fernando para com ela,
Carlota achou por bem mandar matar a mulher de seu amante. O escândalo ganhou
proporções alarmantes e fez com que o próprio monarca mandasse queimar o
inquérito que apontava Carlota como mandante do crime” - http://conexaopenedo.com.br/2013/08/artigo-carlota-jaoquina-a-rainha-que-escandalizou-a-capital-do-imperio/
A “ coisa era tão seria que “ no
Brasil, a nora Leopoldina (1797-1826), recém-chegada da Áustria – uma das mais
sofisticadas Cortes europeias –, não deixou de escrever aos familiares, chocada
com o comportamento de Carlota Joaquina: “Sua conduta é vergonhosa, e
desgraçadamente já se percebem as consequências tristes nas suas filhas mais
novas, que têm uma educação péssima e sabem aos dez anos tanto como as outras
que são casadas” - http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/traicao-aprendida-no-berco-real .
Com Dom João, Dona Carlota teve os seguintes filhos:
1.
Maria Teresa de
Bragança, Princesa da Beira (1793-1874), casada em
primeiras núpcias com o infante de Espanha D. Pedro Carlos de
Bourbon e Bragança, com descendência, e pela segunda vez com D. Carlos de Bourbon,
Conde de Molina, também infante de Espanha e seu cunhado; sem descendência.
4.
Pedro I do Brasil e IV de Portugal, Imperador do Brasil e
Rei de Portugal (1798-1834), casado em primeiras núpcias com Dona Leopoldina da Áustria e em segundas com Dona Amélia de
Leuchtenberg; com descendência.
5.
Maria Francisca de
Assis de Bragança (1800-1834), casou com Carlos de Bourbon,
Conde de Molina; com descendência.
7.
Miguel I de Portugal (1802-1866), casado com Dona Adelaide de
Löwenstein-Wertheim-Rosenberg; com descendência.
9.
Ana de Jesus Maria de
Bragança (1806-1857), casou com Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto, 1º duque de Loulé; com descendência.
ACONTECE que:
“ Inúmeras fontes bibliográficas e
testemunhos da época dão conta de que a infanta D. Maria da Assunção de
Bragança, teria sido, à semelhança dos seus irmãos, o ex- infante D. Miguel e a
infanta D. Ana de Jesus Maria, apenas mais uma filha bastarda reconhecida pelo
rei D. João VI de Portugal, fruto das famosas ligações adúlteras de sua mãe, D.
Carlota Joaquina de Bourbon, com os seus amantes e criados. Segundo estas, o
próprio rei D. João VI terá confirmado não ter tido relações sexuais com a sua
esposa durante mais de dois anos e meio antes do nascimento dos três últimos
filhos, tempo durante o qual o rei e a rainha terão vivido numa permanente
guerrilha conjugal e só se encontravam em raras ocasiões oficiais. Segundo
vários autores e inclusive os relatos da própria época, a infanta D. Maria da
Assunção era filha do jardineiro do palácio da rainha, ou de um outro serviçal
do Ramalhão (o palácio localizado perto de Sintra, onde D. Carlota Joaquina
vivia separada do seu real esposo). Para Raul Brandão, por exemplo, João dos
Santos, o cocheiro e jardineiro da Quinta do Ramalhão, era o pai de D. Maria da
Assunção e de D. Ana de Jesus Maria, enquanto o D. Miguel era o filho do
marquês de Marialva. Por seu lado, Alberto Pimentel assegura que "...passa
como certo que dos nove filhos que D. Carlota Joaquina dera à luz, apenas os
primeiros quatro tiveram por pai D. João VI". A própria * Duquesa de
Abrantes, no entanto, não deixou de sublinhar nas suas "Memórias" a
própria "diversidade cómica" da descendência do rei D. João VI:
"O que é notável nesta família de Portugal é não haver um único filho
parecido com a irmã ou o irmão...".
·
Laure de
St.-Martin Permon , que usava o pseudónimo de Duquesa de Abrantes por ser Duquesa
consorte de Abrantes, título concedido por Napoleão I por altura das Invasões
Francesas a seu marido o Jean-Andoche Junot, 1.° Duque de Abrantes
(Bussy-le-Grand, 24 de setembro de 1771 — Montbard, 29 de julho de 1813),
chamado de "a Tempestade", um militar francês, coronel-general dos
Hussardos que invadiu Portugal enquanto Dona Maria I, Dom João e a Corte
Portuguesa migrava para o Brasil.
Devemos nos lembrar que os
Bourbons eram, nãos sei se ainda o são, muito ativos sexualmente, e
exemplifico:
Luis XIV, O Rei Sol, a raiz
dos Borbóns e Bourbons espalhados pela Europa, com sua esposa a Rainha Maria
Teresa de Áustria, Infanta de Espanha, alias de quem não gostava, teve seis
crianças (3 meninas e 3 meninos), dos quais apenas um sobreviveu a infância:
1- Luís, o Grande Delfim de França (1 de novembro de 1661 - 14 de
abril de 1711), Delfim de França, casou-se com Maria Ana da Baviera, princesa
da Baviera (17 de novembro de 1660 - 20 de Abril de 1690) no ano de 1680.
2- Ana Isabel de França, filha da França e madame real (18 de
Novembro de 1662 – 30 de dezembro de 1662)
3- Maria Ana de França, filha da França e madame real (16 de
novembro de 1664 – 23 de dezembro de 1664)
4- Maria Teresa de França, filha da França e madame real (2 de
janeiro de 1667 - 1 de março de 1672)
5- Felipe Carlos de França, filho da França e duque de Anjou (5 de
agosto de 1668 - 10 de julho de 1671)
6- Luís Francisco de Bourbon, duque de Anjou (14 de junho de 1672 –
4 de novembro de 1672)
Com suas duas amantes oficiais
– Maîtresses en Titre- Luís XIV teve 10 filhos legítimos, dos quais apenas 5
sobreviveram à infância.
A maîtresse-en-titre era o Título oficial da principal amante do Rei da França.
Como era uma posição de destaque na Corte de França elas tinham seus próprios aposentos
bem perto dos aposentos do Rei amante. O título passou a ser usado durante o
reinado de Henrique IV, da Casa de Bourbon, e continuou até o reinado de Luís XV.
a- Louis de Bourbon (1663-1666)
b- Philippe (1665-1666)
c- Marie-Anne, Mademoiselle
de Blois ( 1666 - 1739 ), casada com Louis-Armand de
Bourbon-Conti, Príncipe de La Roche-sur-Yon
, segundo Príncipe de Conti ;
d- Louis de Bourbon, Conde
de Vermandois, Almirante de França ( 1667 - 1683 ).
Da ligação de Luis XIV com Madame de Montespan nascido:
Da ligação de Luis XIV com Madame de Montespan nascido:
I-
Louis-Auguste, Duque de Maine, Duque
de Aumale, Príncipe soberano de Dombes, Conde d’Eu (1670-1736)
II-
Louis-César, Conde de
Vexin (1672-1683)
IV-
Louise-Marie-Anne, Mademoiselle
de Tours (1674-1681)
V-
Françoise-Marie,
Mademoiselle de Blois - «
la Seconde Mademoiselle de Blois », casou com Philippe d'Orléans, Duque de
Chartres, Duque de Orleans (1701), Duque de Valois, Duque de Nemours, Duque de
Montpensier. Regente do Reino de França durante a menoridade de Luis XV,
comumente conhecido como o Regente. (1677-1749)
VI-
Louis-Alexandre,
Conde de Toulouse ,
Duque de Penthièvre ,de Arc, Chateauvillain e Rambouillet, Almirante de França
quando ele tinha apenas cinco anos, sucedendo seu irmão Louis de Bourbon ,
conde de Vermandois acima citado(1678-1737)
O Duque do Maine, que era coxo.
Luis
XV, o Bem-Amado, Marie Leszczyńska, e os filhos que chegaram a idade adulta.
1.
aborto,
1726
2.
Louise Elisabeth ,"Madame" (como a filha
mais velha do Rei) ou, por ser gêmea « Madame Première » e depois de seu
casamento, "Madame Infante";
4.
Marie Louise (De Julho de 28 de 1728-De Fevereiro de 19 de 1733) Chamado "Third Lady" e
"Louise";
5.
Louis -Ferdinand (De Setembro de 4 1729-De Dezembro de 20 1765)) Dolphin . Pai
de Louis XVI , Louis XVIII e Charles X ;
7.
Marie Adelaide (De Março de 23 de 1732-27 de de Fevereiro de 1800) Chamado de "Madame
Fourth" e "Third Lady", "Madame Adelaide", e,
finalmente, "Mrs.";
8.
Victory -Louise-Marie-Thérèse (11 de Maio de 1733-7 de Junho de 1799), Chamado de "Madame
Fourth" e "Lady Victory");
9.
Sophie -Philippe Elizabeth Justine (De Julho de 27 de 1734-3 de Março de 1782), Chamado de "Madame
Fifth" e "Sophie";
10. Therese -Félicité (16 de maio de 1736-De Setembro de 28 de 1744), Chamado de "Madame
Sexta" e "Madame Thérèse";
11. Louise -Marie (De Julho de 15 de 1737-23 de de Dezembro de 1787), Chamado de "Madame
Sétima" e "Louise" na religião Marie-Therese irmã de Santo
Agostinho.
12. aborto de 1739 menino
Mais não eram só o Bourbons,
ou Borbóns, que eram safadinhos, o nosso Dom João V, pois além de filhos com
Dona Maria Ana Josefa, Arquiduquesa da Austria, uma das filhas de Leopoldo I,
da Dinastia de Habsburgo, o 38.º imperador do Sacro Império Romano-Germânico, e
de Madeleine Eleonore de Pfalz-Neuburg, os teve
na RUA.
Com a Rainha Maria Ana teve seis filhos, dos quais três se
sentaram nos tronos de Portugal e Espanha:
D. Maria Bárbara, Rainha de
Espanha pelo seu casamento com o Rei Fernando VI;
D. Pedro, Príncipe do Brasil;
D. José I, Rei de Portugal e
domínios. Casou com Maria Ana Vitória de Bourbon, Infanta de Espanha;
D. Carlos, Infante de
Portugal;
D. Pedro III, Rei consorte de
Portugal, ou Rei jure uxoris – por direito de mulher – pois casou com sua
sobrinha Dona Maria I, Rainha de Portugal e Império Colonial;
D. Alexandre, Infante de
Portugal.
Na Rua:
Os celebres três “ Meninos da
Palhavã:
1- Com
Luísa Inês Antónia Machado Monteiro: Dom António de Portugal, futuro Doutor em
Teologia e cavaleiro da Ordem de Cristo;
2- Com Madalena Máxima de Miranda: Dom Gaspar de
Bragança, futuro Arcebispo- Primaz de Braga;
3- Com
madre Paula de Odivelas nome religioso de Paula Teresa da Silva e Almeida: Dom
José de Portugal, futuro Inquisidor-mor da Inquisição Portuguesa.
E mais:
Com Luisa Clara de Portugal, a
Flor da Murta, proprietária da Quinta da Terrugem, em Oeiras: Dona Maria Rita
Gertrudes de Portugal, monja no Convento de Santos, construído no início do
século XVII, durante o reinado de D. Filipe III & II, Rei de Espanha e de
Portugal, para as Comendadeiras da Ordem de Santiago.
Com uma madame francesa foi
pai de Joana Rita de Bragança, sem mais detalhes.
As origens do
Palácio de Palhavã situam-se no século XVI existindo referências documentais de
umas propriedades senhoriais no que certamente foi uma quinta de recreio às
portas de Lisboa.
O segundo Conde de
Sarzedas, Luis Lobo da Silveira, adquiriu Palhavã em 1660, demolindo os
anteriores edifícios e construindo um Palácio com jardins.
Foi seu filho
Rodrigo quem concluiu de forma faustosa o Palácio de Palhavã, tendo sido sua a
iniciativa de construir a porta monumental na qual colocou o escudo da família.
Durante um século,
o Palácio viveu uma época de esplendor tendo-se tornado um dos mais notáveis de
Lisboa ao albergar vários membros da Familia Real.
Em 1747, os Condes
de Ericeira e Marqueses do Louriçal adquirem o Palácio e alugam-no ao Rei Dom
João V "O Magnânimo" como residência de seus três filhos bastardos,
os chamados "Meninos de Palhavã".
O Terramoto de
1755, que tanto afetou Lisboa, deixou, no entanto, Palhavã intacto.
Após o exílio dos
Meninos para o Buçaco, em 1760, o melhor mobiliário foi confiscado pelo Marquês
de Pombal e o Palácio inicia um longo período de decadência.
Os seus terrenos
servem de acompanhamento às tropas napoleónicas durante a invasão francesa,
sofrendo danos muito consideráveis quando, em 1833, fica no meio dos confrontos
entre os exércitos absolutista e liberal.
Esse lento
declínio continua até que a propriedade é adquirida pelo terceiro Conde de
Azambuja, quem leva a cabo umas ambiciosas obras de restauro.
O reino de Espanha
adquire o Palácio de Palhavã a 12 de Março de 1918 para nele estabelecer a sua
Embaixada em Portugal.
Desde 1939 é a
residência do Embaixador de Espanha.
Dona Maria
II
Como vemos as famílias
ascendentes pelo lado paterno de Dona Maria II eram sexualmente muito ativas,
dadas a fazer filhos aqui e acolá.
Seu pai não era diferente:
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